MEMÓRIAS DE UMA MULHER INTERROMPIDA
Vislumbro as tuas asas de condor
No horizonte sensível do meu sonho
(do espelho ainda um corpo me sorri)
Inda a carne, talvez ainda a dor...
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Este é o espólio que a teus pés deponho;
Vidas que vivo e a morte que morri...
Quantas vezes partilhámos tudo
Neste espaço a que o corpo me condena?
(medos, sorrisos, o espanto e a ternura...)
Nas obras deste mundo, ao dar-me conta,
Minha coroa é de espinhos tela e pena!
Tenho esta cruz de ser quem te procura
E o bálsamo de ser quem sempre encontra.
Maria João Brito de Sousa
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02.04.2007
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Este pequeno poema está assinalado, num dos meus" livros de rabiscos", como sendo o primeiro a ser escrito directamente no PC. Só agora reparo quão recente é esta minha abordagem às novas tecnologias... e quanto aprendi sozinha, porque a Banda Larga, por motivos de crise financeira (que persiste...), só entrou em minha casa há poucos meses...
Somos mesmo uns animaizinhos determinados, não somos?
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10.02.08