03
Mai10
ARMAS E ARMADURAS...
Maria João Brito de Sousa
De ser insustentável me sustento,
Eu, pobre bicho erecto e depenado,
Que, sem cuidar de mim, a ti te enfrento,
A ti, que vens, decerto, bem armado…
Depois, haja o que houver eu só lamento
O excesso de imprudência e, se é pecado,
A terna dimensão em que me invento
Assim que reconheço ter errado…
Mas tu nunca desistes e eu não cedo
Porquanto me procuro e, mal desperta,
Tenho esta perspectiva como minha.
Tu escusas de rugir! Não tenho medo,
Nem sequer fecho a porta ainda aberta!
Se me armo, é de utensílios de cozinha... :)