A DISSEMINAÇÃO
E se o vento, amanhã, vier zunindo
E espalhar pelo mundo estes meus versos,
Eu aceitá-lo-ei, será bem-vindo,
Mesmo que assuma rumos muito adversos.
Sei que virá quando eu estiver dormindo,
Que alguém lhe atribuirá poderes perversos,
Que eu, então, partirei, que o tempo é findo
Pr`a estes restos meus, enfim submersos.
Nada, porém, detém o que foi escrito
Quando aquele que o escreveu acreditou
E nisso pôs inteiro o coração.
O vento, se vier, será bendito,
Concluirá, pr´a quem desencarnou,
A continuada disseminação.
Querem saber uma novidade? A pequena Carolina Lucas está a vender rifas bem baratinhas para uma máquina de café! Vamos a isto?