O SAL À FLOR DA PELE II
Depois, no céu azul de um qualquer dia,
Congelado o momento de um sentir
Na tela imaculada do porvir,
Que resto de mim mesma sobraria?
Que sonho marcaria o rumo, o passo,
Deste ser como sou – não como devo… –
Em que assim me analiso e me descrevo
Na serena amplitude do meu traço?
E, se assim me é real tanta ilusão,
Realmente iludida, eu sou quem sou
E o mundo é comigo e eu sou nele…
Não quero prescindir da decisão!
Se nem sequer souber por onde vou,
Restar-me-á o sal à flor da pele!
IMAGEM RETIRADA DA INTERNET