25
Jan10
O PREÇO DA FRAGILIDADE
Maria João Brito de Sousa
Não sei o que se passa e já não escrevo
Como `inda ontem escrevia, sem notar,
Como se me bastasse respirar
E nada perturbasse o meu sossego...
Começo a não saber se posso e devo
Escrever como escrevia; a viajar
Por dentro de mim mesma e, se calhar,
Sem as coordenadas desse enlevo...
Não mais me basta cama e mesa farta,
Palavras - das que usamos numa carta... -,
O sustento do corpo e pouco mais,
Pois se morrer mais cedo for o preço
Da minha identidade... eu mais não peço!
Menos terei morrido que os demais...
Maria João Brito de Sousa - 25.01.2010 - 11.16h
IMAGEM RETIRADA DA INTERNET