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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
19
Jan10

SÁBADO, DOMINGO E... TERÇA-FEIRA

Maria João Brito de Sousa

 

A EMANCIPAÇÃO DA NARRATIVA

 

 

Que estranhas provações eu já provei…

Um qualquer astro que se chegue a mim

Perguntará se já fui feita assim

Ou se acaso aprendi, me transformei…

 

Aquela que vos conta o que passei

Não é, como pensais, capaz de um “sim”

Sem ant` estrebuchar até ao fim

Nessas muralhas de aço que eu lhe dei…

 

Se um narrador diz “eu”, nem sempre o “eu”

Se refere, afinal, ao narrador…

Como vós bem sabeis, sempre assim foi!

 

Por isso Ela é, tão só, quem concebeu

A minha própria essência, esse valor

Que tanto nos faz rir como nos dói…

 

 O PAPEL PRINCIPAL

 

 

 

Amou desse amor louco, inexplicável,

Sem fundamento, sem sentido até…

Perdeu-se do seu rumo – a sua fé –,

Tornou-se muito pouco razoável.

 

Fez questão de partir sem ter chegado;

Fez questão de encontrar-se antes de si…

Estava nesse ir e vir quando eu o vi,

Correndo entre futuros… no passado.

 

O “Louco” dessa peça, era, porém,

Aquele que conseguisse ir mais além…

Fui primeira-figura e, sem notar,

 

Dei comigo no palco, travestida.

Assim cumpri milénios desta vida

Quando tinha o papel por decorar…

 

 

 

 

PRIMEIRO A VERDADE!

 

 

Às vezes… muitas vezes… tantas vezes!

Pareço bem pior do que o que sou…

Fico “bicho-de-conta” e não me dou,

Nem partilho alegrias e revezes…

 

Outras, porém, acendo-me em sorrisos!

Sou girassol aberto a quem passar

E desfaço-me em noites de luar,

Abstrusa, inexplicada, entre os concisos…

 

Por vezes torno-me ostra, outras… enfim…

Consigo-me afastar até de mim,

Não sei por onde vou nem se lá chego…

 

Umas vezes criança, outras já velha,

Umas habilidosa, outras “aselha”…

Mas – primeiro a verdade! – eu nunca o nego! 

 

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

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