O LOBO
Eu sou o lobo e, às vezes, não sou manso…
Assim me fez o Deus que me criou
E que, dentro de mim, adivinhou
A estranha ambivalência em que balanço.
Sobrevivente, eu chego aonde alcanço
Tentando preservar tudo o que sou
Com esta força astuta que mostrou
Saber permanecer sem ter descanso…
Não ouseis condenar-me! Vós, Humanos,
Que destruís bem mais do que eu destruo,
Que caçais por prazer, não pela Vida,
Reparai, em vez disso, os muitos danos
Que fazeis neste mundo! Este recuo
Em que lançais a Terra Prometida!
NOTA BREVE - Eu sei que ainda é cedo, que muitos ainda estarão a começar a aperceber-se de que estamos num novo ano de uma nova década, que todos temos tendência a protelar o que temos para fazer - somos uns tremendos procrastinadores, não é? - , mas dei comigo a pensar que o http://poesiaemrede.no.sapo.pt/ tinha poucos poemas e, o que é bem pior, estava com muito poucas visitas... vai daí, inchada e tudo, com dor de maxilar e tudo, meteu-se-me na cabeça que podia fazer alguma coisita para melhorar o estado da situação - nada de gozadelas! Eu disse "o estado da situação", não "a situação do Estado"!
O tema? O tema é A VIDA, meus amigos! E ele existe lá coisa mais bela?!
`BORA LÁ CRIAR?