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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
21
Dez09

SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA FEIRA III

Maria João Brito de Sousa

 

 

UM POETA NA ESQUINA

 

Poeta numa esquina, sem alento,

Que não choras nem pedes a quem passa

A esmola da atenção ou essa graça

Do merecido pão do teu sustento

*

 

As asas que perdeste... o teu talento

Que o mundo destruiu, como uma traça

Que devorando inteiro te desfaça

E te não deixe mais que desalento

*

 

E, cruelmente alheia, a populaça

No seu vaivém, correndo contra o vento,

Não percebe, sequer, quanta desgraça

*

 

Te prende àquela esquina, desatento

Das coisas deste mundo e desta raça

Que assim te condenou não te entendendo.

 *

 

Mª João Brito de Sousa 

 

Dezembro, 2009

 

 

 

 

 

  

 

MISTÉRIO

*

Que mistério em teu corpo se engendrou,

Maria, se não foste de ninguém?

Que mistério, Maria, te fez mãe

 

De um menino que tanto nos marcou?

*

 

Que Maria foi essa que alcançou

 

Honra tão grande e tão imenso bem?

 

Maria e só Maria foi alguém

 

Em quem o próprio Espírito encarnou?

*

 

Mas terá sido assim que aconteceu?

 

Terá sido o menino que nasceu

 

Igual a todos nós, nascido em dor?

*

 

Porque se assim não foi… quem serei eu

 

Para inquirir sobre quem já morreu

 

E em tudo vive ainda em puro amor?

*

 

Mª João Brito de Sousa

 

Dezembro, 2009

***

 

QUE PENA...

*

 

 

Que pena, meu amor! Eu sei lá quando

 

As hostes da vontade irão render-se

 

E o corpo, desistente, converter-se

 

A escravo, meu amor, do teu comando

*

 

Eu sei lá, meu amor… mas juraria

 

Que a linha que percorro, vertical,

 

Não há-de quebrar nunca… este ideal

 

É jamais desistir de uma ousadia!

*

 

Tantas vidas na vida! `Inda há pouquinho

 

Percorria, na estrada, outro caminho

 

E, no palco, um papel numa outra cena…

*

 

 

Agora, bem mais longe e tão mais perto,

 

Termino estes acordes do concerto

 

E, às vezes, sinto até alguma pena...

*

 

 

Mª João Brito de Sousa 

 

Dezembro, 2009

*** 

 

 

 

 

 

 

 

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