DUNAS
DUNAS
*
Nesses jardins de sílica batida
- monólogos de prata à luz da lua... –,
Choras uma saudade muito tua
Nos rastos que te deixa uma partida.
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Ante-câmara de alma já esquecida,
Escorrendo pelas dunas de alma nua,
A praia, marinheiro, é dura e crua,
Mas no mar que enfrentaste há sempre vida!
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Choraste sobre o chão de um mar que inventas
Pois foi na areia-mãe que tu, chorando,
Encontraste o teu rumo, ó marinheiro
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Sem vela, ó remador das braças lentas;
Quem te dará, do mar, quanto vais dando,
Sem que a maré te cubra, a ti, primeiro?
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Maria João Brito de Sousa - 30.10.2009 - 15.41h
Imagem retirada da internet
Não, não é este o soneto da Fabrica de Histórias... o soneto para esta semana foi reeditado e data de Fevereiro de 2008.
Gostaria de vos convidar, a todos, para uma palestra sobre SONETO FORMALMENTE CLÁSSICO que irei dar às 14.30h do dia 13 de Novembro no Salão Nobre do Edifício da Cruz Vermelha da Parede. Seria uma agradabilíssima surpresa encontrar-vos por lá!