A AMIZADE EM TEMPOS DE LOUCURA (à mana Maria)
AMIZADE NOS TEMPOS DA LOUCURA
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(Soneto espístolográfico em decassílabo heróico)
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Eu não comungo. não. dessa (in)verdade
(há nervos de papel no meu sentir)
E não sei que remédio ou que elixir
Possa vir a curar-te essa ansiedade.
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Mas nasce-me uma ponta de saudade
Dos tempos do café. desse ir e vir
Que urdia a nossa forma de existir
Até ao topo da cumplicidade.
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Das cartas que jogámos. altas horas.
Das confissões totais que nunca temo.
Dos psicoterapeutas. da ternura.
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Das noites acordadas. das demoras.
Desse sentir-demais levado ao extremo
Da amizade nos tempos da loucura.
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Maria João Brito de Sousa - Outubro, 2009
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(Soneto espístolográfico em decassílabo heróico)
Reeditado para http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/