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Jul09
PARADIGMA
Maria João Brito de Sousa
Via-se, sem se ver, sem se cuidar,
Paradigma de um espírito qualquer,
Acreditava ter em seu poder
A réstia da razão por apurar.
Traçou caminhos, ousou mergulhar,
Nunca, jamais, cuidou de se esconder
E fez tudo o que quis… sem o fazer
Pois tudo o que podia era sonhar…
Mas foi dono e senhor e transcendeu
Na Terra a condição do sonho seu
Resolvendo, afinal, o seu enigma.
[Não sei bem se foi cá, se foi no céu
Que o Poeta, em si mesmo, aconteceu
E se tornou, por fim, um paradigma.]
Imagem retirada da internet