16
Jul09
FORMAS E CONTRASTES
Maria João Brito de Sousa
Tal como a fera hirsuta, na voragem
Da candura das horas por nascer,
Assim surge o poema, a transcender
O ingénuo simbolismo da paisagem.
Erguendo-se, inicia uma viagem
No caminho que está por percorrer
Exactamente aonde fez crescer
O vulto então criado à sua imagem.
Nem sempre é mansa a forma que ali nasce…
De repente, improvável, cresce e faz-se
Muito maior do que o que a concebeu;
Outras, mesmo pequena, ela é, contudo,
Agressiva de forma e conteúdo
E luminosa… ou escura como breu!
Imagem retirada da internet