SOLTAR AS PALAVRAS
Já emendei
PEDIDO DE DESCULPAS - Suponho que tenha havido um mistério qualquer - que pode muito bem ser fruto da minha proverbial distracção crónica - com o penúltimo verso da última estrofe deste soneto. Talvez o nosso batráquio tenha engolido algumas palavras só para me contrariar... sei lá... já emendei. Melhor, já soltei as palavras que tinham sido "sequestradas"...
Soltemos as palavras sem fronteiras
Com o fogo, o calor de uma paixão,
Com criatividade e correcção
Mas sempre genuínas, verdadeiras.
Palavras. Mil palavras prisioneiras
Esperando o mundo livre da ficção
Ou, tão-somente, a simples descrição
De um momento de fugas derradeiras.
Soltou-se uma palavra e mil se seguem
Imparáveis, libertas, contundentes,
Mas sempre susceptíveis de leitura…
Pessoais pois são elas que nos medem
Quando em nós se tornarem mais urgentes,
Mais ricas, mais fluidas e mais puras.