04
Jun09
A ILHA II
Maria João Brito de Sousa
Aqui me sento e tento erguer a voz
E desespero e sei que não consigo…
Chego a fugir dos braços de um amigo
Como quem foge às armas de um algoz.
Não mais maçã, assim converto em noz,
Escondendo em grossa casca – o meu abrigo –
Aquilo que me punha em maior p´rigo,
Como afinal fazemos todos nós…
Ilha deserta, escarpa, alta montanha…
Desvendo a solidão que me acompanha,
Defendo-a com a vida até poder!
Mas deixo-me habitar e multiplico
As sementes do verso. Eu frutifico!
Ilha e Poeta enquanto Deus quiser!
NOTA - Um novo prémio no http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/