PINTORA QUANDO DEUS QUER
Se aqui, mulher do leme, eu me apartara
Da força de titã que me transcende
E que à Barca me amarra e que me prende
À lua-irmã que sempre se declara;
Se, também lua, eu mesma me amarrara
Ao leme de improváveis que se estende
Desde o alto de mim onde se acende
Um sol doirado em cada manhã clara...
Pudessem minhas mãos continuar
Este percurso eterno e pendular
Entre o sol e a lua, em cada dia!
Pudesse eu ser um raio de luar,
Permanecer ao leme e não vergar
Nem nas horas de medo e de agonia...
Nota - Nasceram-me um poema em redondilha que vou, seguidamente, publicar no http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt/
Se quiserem deitar uma olhadela, serão sempre bem vindos. :)