12
Mar09
SACIEDADE
Maria João Brito de Sousa
Fico dentro de mim, onde o mar cresce
E, ao entardecer, o sol se põe,
Onde, aceso, o luar se sobrepõe
À penumbra da tarde que então desce.
A lua que me nasce é vagabunda
E sabe-me de cor, pede-me tudo...
Eu também a conheço e não me iludo
Mas aceito o luar que então me inunda.
Dou dois passos em frente e três atrás...
E finjo acreditar, faço-me louca.
Sigo as regras do jogo e dou as cartas
Porque, ó lua, afinal o que me dás
Não será o que eu quis mas coisa pouca
Sacia este vazio das almas fartas.
Imagem retirada da internet