30
Jan08
SONETO CAMONIANO
Maria João Brito de Sousa
A purista que assumo ser perante a palavra, contrasta, abruptamente, com o "desastre"
que, efectivamente, sou perante a informática. Mea culpa.
É absolutamente necessário que me justifique melhor. Não percebo rigorosamente nada de "word" e tenho andado para aqui a debitar sonetos (excelentes sonetos...) que são um verdadeiro desastre sob o ponto de vista formal, pois nem sequer aparecem aos vossos olhos divididos em duas quadras e dois tercetos... o que é o mínimo dos mínimos que se pode exigir a um soneto! E o soneto é, efectivamente, uma "entidade" complexa, a mais complexa da Poesia.
Antes de mais, no soneto MASCARADA, que não foi "criado" directamente de mim para as teclas do PC, escapou-me um verso da penúltima estrofe... Seguem as duas últimas estrofes, porque uma das minhas características mais louváveis é não saber viver em paz com os erros que cometo...
...Mas parte-se um sapato de cristal!
O pézito está f`rido, dói-me tanto...
A criada, no auge da aflição,
TENTANDO REPARAR TÃO GRANDE MAL,
Consegue-me acordar do estranho encanto
Pois, em vez de acudir-me, varre o chão!
E aqui fica o erro meio reparado. Mais tarde tenciono voltar a falar-vos do soneto e da sua enorme complexidade. Para já deixo-vos um SOS. Se alguém que passe os olhos por este blog me souber explicar por que razão estes sonetos perdem a forma que lhes dei ( as tais duas quadras e dois tercetos) assim que edito o post...
Fico muito grata a quem possa ajudar-me.