O FIO DE ESPARGUETE
Rolinho de água pura e trigo rijo
A voltear no fundo da panela,
Numa dança irreal, mas muito bela,
Obedediente àquilo que lhe exijo...
Este fio de esparguete é dançarino
No último degrau duma jornada;
Despede-se, dançando enquanto nada
A preparar seu último destino....
E baila enquanto ferve e vai rodando
Enquanto a água quente o vai moldando
E o vai levando ao ponto de alimento...
Parece que está vivo... e talvez `steja!?
Quem pode garantir que me não veja,
O esparguete que dança em fogo lento?
Maria João Brito de Sousa - 20.01.2009 - 22.50h
Este soneto sofreu uma ligeira alteração em relação ao original, feito alguns minutos atrás. O final ideal, em termos de ritmo, é o que agora publico.