30
Dez08
A DISFUNCIONANTE
Maria João Brito de Sousa
Ia por ali fora, cabisbaixa,
Vivendo por viver, sem já ter meta,
Deixando atrás de si, em linha recta,
Pegadas que gravara numa faixa.
Não estava aberta, nem à caridade,
Nem ao fluir do seu imaginário...
Vivia, no momento, o seu contrário
Caminhando por força de vontade.
Funcionava tão mal, enquanto gente!
Perdera os meios de seguir em frente
Na azáfama, na dor, no burburinho...
"Disfuncionantemente" prosseguiu,
Embrenhou-se, por fim, nesse vazio
Que tão longe a levara do seu ninho...
Imagem retirada da internet