Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

poetaporkedeusker

poetaporkedeusker

UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
08
Jul25

SUPOSIÇÃO II - Reedição

Maria João Brito de Sousa

suposição (1).png

Imagem gerada pelo ChatGPT

*

SUPOSIÇÃO
*


Se um anjo houvesse que, achado ou perdido,

Espetasse a seta no meu nó cordial

E desse pelo nome de Cupido

E usasse asas de espanto e de cristal...
*


Se um arco todo em pasmo concebido

Pra varar alvos feitos de metal

Do mais duro que alguém houvesse obtido

Nas forjas de versão tradicional
*


Se o pressuposto fizesse sentido

Ou fosse claramente intencional,

Talvez valesse a pena eu ter tangido
*


A minha etérea veia musical...

Mas suponho que um anjo distraído

Me transformou num alvo acidental
*

 

Maria João Brito de Sousa

01.07.2020 - 12.58h
***

06
Jul25

PELAS VÍTIMAS DA GUERRA

Maria João Brito de Sousa

GAONESA PELAS VÍTIMAS DA GUERRA (1).png

Imagem processada pelo ChatGPT

***

PELAS VÍTIMAS DA GUERRA
*


GAONESA DECASSILÁBICA

EM ARTE MAIOR
*

 

Aos que precocemente foram mortos

E aos filhos e esposas que hoje os choram

Até que a morte irrompa sem aviso

Pelos casebres frágeis em que moram,

Escondidos, no maior dos desconfortos,

Sempre temendo um míssil mais certeiro

Que despedace as traves com que escoram

As tábuas que os separam do morteiro

Que os semeia em pedaços pelos hortos

Não mais pessoas, mas caldo impreciso

De carne, de ossos, sangue e humano cheiro

Que tinge de vermelho o chão que eu piso
*


Mª João Brito de Sousa

06.07.2025 - 19.30
***

 

 

06
Jul25

AMOR II - Custódio Montes e Mª João Brito de Sousa

Maria João Brito de Sousa

AMOR - Custódio e eu II (1).png

Imagem processada pelo ChatGPT

*

AMOR II
*
Coroa de Sonetos
*

Custódio Montes e Mª João Brito de Sousa
*

1.
*

Amor é um desejo que se sente

De ter junto de nós a nossa amada

Um só até chegar a madrugada

E, vindo o dia, não se vai da mente
*


Amor conjuga amor eternamente

É bem que se transforma na jornada

Em ânsia de ter tudo e não ter nada

Que culpe a nossa vida impenitente
*


Se sofres tu não sentes amargura

Espelho dum amor que traz candura

E também, cada dia, um novo alvor
*


Abris de primavera a florescer

Em ti eu tenho tudo a renascer

Transformo tudo em mim com teu amor
*


Custódio Montes

10.7.2024
***

2.
*

"Transformo tudo em mim com teu amor"

Dizia o vate enquanto a mão beijava

Da bela Ninfa que então recuava,

A doce face tinta de rubor
*


"Não sei que responder-vos, meu Senhor...

Jamais alguém me disse que me amava

E receio de amor vir a ser escrava,

Eu, que nasci do húmus como a flor,
*

Que nada sei da dor nem do desejo,

Sinto na mão o ardor do vosso beijo

E só posso dizer-vos que jamais
*


Senti algo que fosse semelhante...

Deixai, Senhor, que vos passe adiante,

Devo ir cuidar das flor`s e animais!"
*


Mª João Brito de Sousa

03.07.2025. 22.30h
***

3.
*

“Devo ir cuidar das flor’s e animais”

Do meu jardim à beira mar plantado

Sobranceiro a Oeiras instalado

Ao lado de frondosos canaviais
*


Por entre árvores piam os pardais

E sente-se o mar muito animado

Um barco nele ao lago fundeado

Com risos de crianças, mães e pais
*


Eu sei que vive aí bem junto ao mar

Onde há jardins de flores pra cheirar

E que aqui pelo Norte é só calor
*


Que inunda a pradaria e a minha serra

Mas mesmo assim é bela a minha terra

À qual desde criança tenho amor
*


Custódio Montes

4.7.2025
*

4.
*

"À qual desde criança tenho amor"

Tal como eu, desde muito pequenina,

Amo o cravo, a giesta e a bonina

E tudo, tudo aquilo que abra em flor...
*


Sim, vivo junto ao mar cujo esplender

Caminha ao lado desta minha sina

De cuidar das marés, da areia fina

E de tudo o que viva em seu redor ...
*

Desta vez, porque em ninfa transmutada,

Estou de cuidados sobrecarregada

Pois sou de mar e terra cuidadora
*

E vós, Senhor, cuidais da vossa serra

Que sei ser das mais belas sobre a Terra

Que de todas as serras é escultora
*


Mª João Brito de Sousa

04.07.2025 - 12.20h
*

5.
*

“Que de todas as serras é escultora”

Ao alto encimada pela alvura

E cada rocha aumenta em altura

Que desta minha terra é protectora
*


E quando é gabada hora a hora

A serra lança à volta só ternura

Com fetos e giestas de alma pura

A minha serra aqui é uma senhora
*


Quem ama a minha serra a mim me ama

Comigo ao leme aumenta a sua fama

E o mar ao longe fica iluminado
*


As praias com as ondas e a areia

Encontram junto a si uma sereia

À qual digo daqui muito obrigado!
*


Custódio Montes

4.7.2035
*
6.

"À qual digo daqui muito obrigado!"

"Mais grata fico eu", respondo então

Sorrindo muito elevantando a mão

Para tentar mostrar-lhe o meu agrado
*

Sereia sou agora, que há bocado

Tímida Ninfa era e vós, varão...

Mas se quiserdes, posso ser Dragão,

Fada, Duende ou mesmo um ser alado
*


Escolhei, Senhor, a minha natureza

Que eu juro obedecer-vos com presteza

E tranformar-me no que mais agrade
*


À vossa ideia e ao vosso capricho:

Faço um sinal à Musa e passo a bicho,

Faço outro e passo a ser um deus de jade.
*


Mª João Brito de Sousa

04.06.2025 - 15.50h
***

7.
*

“Faço outro e passo a ser um deus de Jade”

Um deus muito importante a oriente

Mas fica muito longe aqui da gente

E para o ver não há facilidade
*


Encontre um outro aí pela cidade

Que possa ser também eloquente

Mais próximo de nós que frente a frente

Possamos ver a sua majestade
*


E não fica em vão nosso poema

Que toda a divindade é um bom tema

Se a sentirmos bem próxima de nós
*


E quem nos ler também se delicia

Apegado ao enredo aprecia

Que sem haver leitor ficamos sós
*


Custódio Montes
4.7.2025

8.
*

"Que sem haver leitor ficamos sós"

E nem o jade de uma estatueta

Que já nem sei se deus ou se profeta,

Pode fazer seja o que for por nós...
*


Ao longe, muito ao longe, um albatroz,

Que quase confundi com um cometa,

Desce à velocidade de uma seta

Sobre o corpo indefeso de um caboz
*.


Em tudo o que se mova ou que pareça

Quedar-se imóvel apesar da pressa

Com que a Terra volteia sabre si
*


Encontro o tal Amor indistinguível

Do outro a que Camões chama invisível...

E eu também, que em chamas nunca o vi!
*


Mª João Brito de Sousa

04.07.2025- 20.40h
*

9.
*

“E eu também, que em chamas nunca o vi”

Nem mesmo penso nele, veja bem

Se é deus na terra, céu ou no além

Ou descrito em livros que já li
*


Mas ao falar de amor nunca entendi

Que haja um deus supremo ou mesmo alguém

Que entre nesse amor e nem convém

Porque o fogo a sentir não vem daí
*


“É um contentamento descontente”

E só quem ama o outro é que o sente

E não há deus ou fada pelo meio
*


Ao fazer um poema também não

Se deve ir para além do coração

Que doutro modo se anda ao seu rodeio
*


Custódio Montes
4.7.2025
*

10.
*

"Que de outro modo se anda ao seu rodeio"

E se procura ali, aqui, além,

Mas não se encontra nada nem ninguém,

Que Amor ergue montanhas de permeio
*


Entre si e o que busca, sem receio,

Conhecer o que a Amor lhe não convém...

Julgo que possa Amor sentir desdém

Por quem, em vez do seu, busque o alheio...
*


Mas volto a mim, que estive envolta em chamas

E nunca as vi, embora as outras damas

Jurassem tê-las visto e não sentido...
*


Eu nelas me queimei sem tê-las visto

E, inda que seja Amor por mim benquisto,

Não mais dele aproximo o meu vestido...
*


Mª João Brito de Sousa

04.07.2025 - 23.50h
***

11.
*

“Não mais dele aproximo o meu vestido”

Nem deve aproximar pois se não queima

Embora sem se ver o amor teima

Que é fogo invisível mas sentido
*


Esse calor aumenta desmedido

Mesmo sem se querer ele enxameia

Retorna e insiste volta e meia

Cada vez mais aumenta intrometido
`*


Ao sentir-se aumentar a sua chama

Torna logo impotente quem inflama

Que de fugir-lhe já é incapaz
*


Nos braços do amor então envolto

Jamais se se desprende ou fica solto

E se quiser fugir não volta atrás
*


Custódio Montes
5.7.2025
***

12.
*

"E se quiser fugir não volta atrás"

Mas pode, pode sim, seguir em frente

Inda que encontre um mundo bem dif`rente

Do tal que só ardendo se compraz
*


E durante algum tempo não tem paz,

Por mais que a paz procure diligente...

Só com mais tempo, uns anos mais à frente,

Se recorda do tanto que é capaz
*

 

Por brutal que pareça essa procura,

Será nela que, enfim, encontra a cura

Para as chagas abertas pelo fogo
*


E mesmo nada tendo, ou quase nada,

Não sente dor, a chaga está curada,

Passa a pobreza extrema a desafogo...
*


05.07.2025 - 14.40h
***

13.
*
“Passa a pobreza extrema a desafogo”

Mas mesmo assim não sabe o que pensar

Se foi um perder tempo tanto amar

Ou não devia ter ido a jogo
*


Que mal se ama a luz apaga logo

Só temos um lugar para se olhar

Passamos todo o tempo a contemplar

Sem ver a labareda desse fogo`
`*


Mas mesmo em desafogo há a lembrança

De todos os momentos de pujança

Em que o amor passava a eternidade
*


Neste constante andar do pensamento

A gente volta atrás por um momento

E o amor lembra de novo com saudade
*


Custódio Montes
25.7.2025`
*
14.
*

"E o amor lembra de novo com saudade"

Embora a liberdade conquistada

Exija outra visão, que a tudo e nada

Eu posso amar agora, em liberdade
*

Talvez deva chamar fraternidade

A este amor que sinto e que em mim brada

Contra a guerra que grassa e que em escalada

Ameaça extinguir a humanidade
*


E um pouco mãe de toda a cria humana,

Mais me rebelo contra a guerra insana,

Mais desta atrocidade estou ciente
*


E ao desejo de Paz, chamo-lhe Amor,

Talvez o mais urgente, o Amor Maior:

"Amor é um desejo que se sente".
*

 

Mª João Brito de Sousa

05.07.2025 -21.00h
***

 

05
Jul25

MAR REDENTOR - Reedição

Maria João Brito de Sousa

Fotografia Nuno Fontinha.jpg

Fotografia de Nuno Fontinha

*

MAR REDENTOR
*

 

Só o mar que do mar nunca volta

É do rio tanto cais quanto fonte

E na onda que em espanto se solta

Ergue um muro e também uma ponte
*


De água azul e de espuma revolta

Entre mim e o longínquo horizonte,

Essa linha amovível que escolta

Cada além que ao meu sonho confronte
*

 

Quando a onda nas rochas quebrando

Vem dizer-me que o mar ora é brando,

Ora em fúrias e raivas se exprime
*


Digo a medo ou apenas segredo

Que deixei de ter medo do medo

E que o mar mesmo irado redime.
*


Maria João Brito de Sousa

04.06.2021 - 09.40h
*

04
Jul25

ADEUS, MAMÃ - Reedição

Maria João Brito de Sousa

LA FEMME QUI PEIGNE (1).jpg

Tela de minha autoria, 2006

*

ADEUS, MAMÃ`
*

 

Afogo o meu soluço em parte alguma

Se recordo o menino que gerei

E logo as tantas coisas que não sei

Se dissolvem no ar feitas em bruma...
*


Num vão peculiar do meu sentir,

Arrumada a miragem com carinho,

Fica o meu pequenino deitadinho

Num cantinho de mim, sempre a dormir
*


Agora é o poema quem, comigo,

Passeia de mãos dadas, desce à rua,

Dorme na minha cama e, de manhã,
*


Me chama pra que vá brincar consigo...

Mas mal desponte a noite e nasça a lua

É quem me acena e diz - Adeus, mamã!
*


Maria João Brito de Sousa
2007
***
soneto ligeiramente reformulado

04
Jul25

AMOR - Custódio Montes e Mª João Brito de Sousa

Maria João Brito de Sousa

amor - custódio e ei (1).png

Imagem processada pelo ChatGPT

*

AMOR
*

Amor é um desejo que se sente

De ter junto de nós a nossa amada

Um só até chegar a madrugada

E, vindo o dia, não se vai da mente
*


Amor conjuga amor eternamente

É bem que se transforma na jornada

Em ânsia de ter tudo e não ter nada

Que culpe a nossa vida impenitente
*


Se sofres tu não sentes amargura

Espelho dum amor que traz candura

E também, cada dia, um novo alvor
*


Abris de primavera a florescer

Em ti eu tenho tudo a renascer

Transformo tudo em mim com teu amor
*


Custódio Montes

10.7.2024
***

2.
*

"Transformo tudo em mim com teu amor"

Dizia o vate enquanto a mão beijava

Da bela ninfa que então recuava,

A doce face tinta de rubor
*


"Não sei que responder-vos, meu Senhor...

Jamais alguém me disse que me amava

E receio de amor vir a ser escrava,

Eu, que nasci do húmus como a flor,
*

Que nada sei da dor nem do desejo,

Sinto na mão o ardor do vosso beijo

E só posso dizer-vos que jamais
*


Senti algo que fosse semelhante...

Deixai, Senhor, que vos passe adiante,

Devo ir cuidar das flor`s e animais!"
*


Mª João Brito de Sousa

03.07.2025. 22.30h
***

 

 

03
Jul25

UM SONETO DE AMOR

Maria João Brito de Sousa

nuvem de c. Ricardo.jpg

Fotografia de Carlos Ricardo

*

 

UM SONETO DE AMOR
*


Como julguei eterno o teu sorriso

E doce como mel senti teu beijo,

Se eterno e doce fora o teu desejo,

Talvez eu te of`recesse o paraíso...
*


Mas, de ti, colhi menos que o preciso

Pra conseguir mudar-te ou ter ensejo

De amar-te e amar também o velho Tejo

Sem que tu me dissesses: "Tem juízo!"
*


Soubesse eu transformar um sofrimento

Mais desconforme do que uma montanha

No passe da magia de um momento
*


Em nuvem passageira, errante e estranha...

Mas não o soube e hoje não lamento

Ter deixado apagar paixão tamanha.
*


Maria João Brito de Sousa

01.07.2021- 12.45h
***

reformulado

02
Jul25

CREIO III - Reedição

Maria João Brito de Sousa

tela de Álvaro Cunhal (5).jpg

Tela de Álvaro Cunhal

*

CREIO III
*

 

Creio na Paz, duríssima conquista

Do oprimido sobre o opressor,

Creio na utopia que se avista

No horizonte seja de quem for
*

 

Creio no sonho de cada alquimista

Desde que tenha mãos de produtor

E creio em cada humano que resista

A ser comprado por qualquer valor
*

 

Creio nos ventos que espalham sementes,

Creio nos crentes, creio nos não crentes

E creio, também creio nos que entendem
*

 

Que tem de haver justiça para as gentes

Que erguem os punhos, que cerram os dentes,

Que não desistem, que nunca se rendem.
*

 

Maria João Brito de Sousa

27.06.2020 - 10.50h
***

 

01
Jul25

CREIO II - Reedição

Maria João Brito de Sousa

CREIO II imaagem.png

Imagem gerada pelo ChatGPT

*

CREIO II
*


Creio nas ervas bravas, quando amargas,

Creio nas águas doces ou salgadas,

Creio nas aves/naves de asas largas

E nas florestas que andam de mãos dadas
*


Creio no peso das pequenas cargas

Dos nossos ventres sendo levantadas

Por nossas próprias mãos quando às ilhargas

Transportamos as crias ensonadas
*


Creio nos gestos de boa vontade,

Na transitoriedade da verdade,

Nas lágrimas de dor e de alegria
*


E nas ondas que o mar desfaz em espuma

Pra tecer finas rendas que, uma a uma,

Correm a transmutar-se em Poesia.
*

 

Maria João Brito de Sousa

25.06.2020 - 13.20h
***

01
Jul25

A IMENSIDÃO DO MAR

Maria João Brito de Sousa

tempestade no mar.jpg

Tempestade no Mar da Galileia

Rembrandt

*

 

A IMENSIDÃO DO MAR
*


Há quem mate, torture e saia impune

Do palco em que o seu crime perpetrou

E há quem à consciência seja imune

Não sabendo sequer quanto pecou...
*


Nesta Barca que, a nós, tanto nos une

Pode alguém afirmar que naufragou

E de argumentos e provas se mune

Pra nos fazer saber que não gostou...
*


Pode até ser que alguém em breve enfune

Velas de barca que ao longe avistou

E abalroou para mostrar que pune
*


A quem desobedeça ao que ordenou...

Mas imenso é o mar que nos reúne

E bem pequena a mão que o conquistou
*


Maria João Brito de Sousa

28.06.2020 - 11.39h
***

Soneto totalmente reformulado

29
Jun25

UM AMOR COMO O MEU - Reedição

Maria João Brito de Sousa

Eu, no quintal do Dafundo (1).jpg

Eu fotografada por meu pai

na casa do Dafundo

*

UM AMOR COMO O MEU
*


Amor passou por mim. Vinha apressado

E cedo, muito cedo, me abordou,

Mas deu, ao abordar-me, um passo ao lado,

Ou fui eu quem sem qu`rer o assustou...
*


Retorna, Amor, insiste e é selado

Entre nós dois um pacto que assinou

Primeiro, Amor, depois, de braço dado,

A tonta que de Amor se embriagou...
*


Se mais tarde morreu, Amor, cansado,

Se foi eterno, Amor, enquanto amou,

Dir-vo-lo-á um vate consagrado*
*


Que se perdeu assim que o encontrou...

Pode, contudo, estar o vate errado

Já que a Amor como o meu nunca o provou!
*

 

Maria João de Sousa

29.06.2018 – 11.38h
***

* Referência a Luís Vaz de Camões

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em livro

DICIONÁRIO DE RIMAS

DICIONÁRIO DE RIMAS

Links

O MEU SEBO LITERÁRIO - Portal CEN

OS MEUS OUTROS BLOGS

SONETÁRIO

OUTROS POETAS

AVSPE

OUTROS POETAS II

AJUDAR O FÁBIO

OUTROS POETAS III

GALERIA DE TELAS

QUINTA DO SOL

COISAS DOCES...

AO SERVIÇO DA PAZ E DA ÉTICA, PELO PLANETA

ANIMAL

PRENDINHAS

EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS

ESCULTURA

CENTRO PAROQUIAL

NOVA ÁGUIA

CENTRO SOCIAL PAROQUIAL

SABER +

CEM PALAVRAS

TEOLOGIZAR

TEATRO

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

FÁBRICA DE HISTÓRIAS

Autores Editora

A AUTORA DESTE BLOG NÃO ACEITA, NEM ACEITARÁ NUNCA, O AO90

AO 90? Não, nem obrigada!