Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores.
...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
Embora me não sobre tempo para grandes viagens na blogosfera, faço os possíveis por ir visitando os amigos que conheci no início da minha aventura enquanto "blogonauta"... uma das primeiras pessoas que conheci, por ser uma das concorrentes ao II Prémio Poesia em Rede, foi a Rosa Silva, Azoriana. Lá estava ela com as suas rimas à sua amada Serreta e eu recordo-me muito bem de ter achado muita graça àquilo que pensei ser um pseudónimo pontual. Passados uns tempos, recebo um comentário da Azoriana e acabámos as duas a "poetar" uma para a outra... já lá vai um ano.
Aquilo que, desde o início, mais chamou a minha atenção no http://silvarosamaria.blogs.sapo.pt/ foi a capacidade de trabalho que esta mulher demonstrava. Ela era uma fonte inesgotável de rimas e chegava a fazer autênticas reportagens, em fotografia e verso, sobre as ilhas dos Açores. Ajudava, também, os novos "bloggers" com um blog que criou especificamente para o efeito.
Saía do blog da Azoriana sempre com a ideia de ter acabado de deixar para trás uma força da Natureza, que gostaria de poder igualar... divergíamos - e divergimos ainda - em certas formas de estar e pensar e, se uma pendia para os sonetos em decassílabo, a outra pendia para as famosas redondilhas. Nunca me esquecerei do dia em que recebi um email da Rosinha a perguntar-me o que eram as redondilhas... e eu, muito atrapalhada, a dizer-lhe que eram os versos de sete sílabas métricas em que ela era mestra...
Bons tempos. A última visita que fiz à Rosinha levou-me a escrever este post.
A minha amiga das "redondilhas inesgotáveis" estava cansada, exausta, à beira da desistência...
Os tempos não estão fáceis, eu sei, mas a Rosa Maria Silva, Azoreana, nem sequer tem um computador, neste momento e eu sei bem a falta que isso faz aos poetas que, tal como eu, não têm outra forma de divulgar o seu trabalho.
Eu sei que a Rosinha tem ainda muito para dar. Sei que ela não é mulher de desistir... mas há limites para tudo e o seu último post levou-me a pensar que ela poderia estar a atingir o seu. Por isso escrevo este apelo e o soneto que deixo, no final. Por isso espero que, de entre todos vós, alguém possa dar uma ajuda à Rosa Maria Silva. "Azoriana".