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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
09
Jan23

BEWITCHED

Maria João Brito de Sousa

 

caldeirao (1).jpg

BEWITCHED
*


Vou fazer uma mandinga,

uma mezinha qualquer

que exorcize uma zandinga

qu`inda há pouco estive a ler
*


Porque onde a lágrima pinga

morre a esperança de vencer:

O proletário não vinga

E o burguês nem quer saber!
*


Vidente não sou, nem maga,

futurismos nunca fiz,

nem sei rogar uma praga
*


Mas quando torço o nariz

esqueço a flor, torno-me fraga,

Ninguém me dobra a cerviz!
*

 

Mª João Brito de Sousa

08.01.2023 - 22.00h
***


Bewitched (Enfeitiçado) é o título original da série norte americana Casei Com Uma Feiticeira de que os leitores menos jovens ainda devem estar lembrados.

 

 

 

08
Nov22

SIMON SAYS

Maria João Brito de Sousa

Pedindo desculpa aos amigos e camaradas que me lêem em português, este sonetilho nasceu-me em inglês e assim será editado uma vez que o seu destinatário não conhece a língua portuguesa.

 

UNCLE SAM III.jpg

NEVER DO WHAT SIMON SAYS!
*


Simon says: - "Do as I said!"

Will you do what Simon wants

Knowing not what Simon grants,

When you know he might be mad?
*


Simon says:- "I`ll give you bread

And i`ll put guns in your hands,

Cause I own the better brands

That you may dream of! I swear!"
*


Simon - said I - go to hell,

Knock its door or ring its bell

Cause hell is your perfect spot!
*


Maybe you`re already there

Cause you dream quite a nigthmare

And you planned its bloody plot!
*


Mª João Brito de Sousa

07.11.2022
***

Tradução mais ou menos literal
*

NUNCA FAÇAS O QUE SIMON DIZ!
*


Simon diz: -" Faz o que eu disse!"

Tu vais fazer o que Simon quer

Sem conhecer o que Simon te concede,

Quando sabes que ele pode estar louco?
*


Simon diz: - "Vou dar-te pão

E vou-te colocar armas nas mãos,

Porque sou o dono das melhores marcas

Que possas sonhar! Eu juro!"
*


Simon - disse eu -, vai pró inferno,

Bate-lhe à porta ou toca-lhe à campainha

Porque o inferno é o lugar ideal para ti!
*


Talvez até já lá estejas

Porque o teu sonho é um pesadelo

Cuja maldita trama foste planeando!
*


Mª João Brito de Sousa

07.11.2022
***

NOTA - A redondilha maior foi utilizada no sonetilho original - em inglês - , mas foi-me impossível mantê-la na sua tradução mais ou menos literal.

 

18
Set22

TENHO SONO

Maria João Brito de Sousa

postal do avô 2 (1).jpg

TENHO SONO
*


Gostava tanto de ter

Um pouco, um nada que fosse,

Do teu imenso saber,

Dessa ironia agridoce...
*


Fico sentada a tecer

Uns fios que o vento me trouxe

Com nós que irei desfazer

Mal um poema se esboce
*


E enquanto lembro o que lembro

Vai-se passando um Setembro

Que traz consigo outro Outono...
*


Ó fios que enrolo nos dedos,

Cuidai vós dos meus enredos

Que eu vou dormir. Tenho sono.
*

 

Mª João Brito de Sousa

17.09.2022 - 23.00h
*


Ao meu avô poeta, António de Sousa.
***

 

 

31
Jan21

NOVOS ÓPIOS

Maria João Brito de Sousa

via-lactea-667x376.jpg

NOVOS ÓPIOS
*

Fechados sobre nós próprios,
Todos nós somos saudade
Do tempo em que a liberdade
Dispensava microscópios.
*
Inventamos novos ópios
Pra vencermos a ansiedade
Destoutra realidade
De incerteza e estetoscópios.
*
Criamos caleidoscópios
Para enganar a vontade
De usarmos osciloscópios
*
Pra sondar quem nos invade;
Só dos grandes telescópios
Se vislumbra um céu que agrade.
*

Maria João Brito de Sousa - 31.01.2021- 13.00h

***

Imagem retirada daqui

09
Fev20

FRAGMENTO

Maria João Brito de Sousa

EU, desenhada por mim no Paint básico.jpeg

FRAGMENTO

(Sonetilho)

*

 

Não sei se posso ou não posso,

Nem sei se quero ou não quero...

Há um fosso, um fundo fosso

Entre o que faço e o que espero.

 

*

 

Dou corpo ao pouco que esboço

Pouco mais tendo que zero;

Desnudo-me até ao osso

Do meu próprio desespero.

 

*

 

Nem raiva, nem rebeldia,

Nem o grito que arrepia

A alma de quem me ler;

 

*

 

Só isto. Esta tentativa

De vos mostrar que estou viva

Inda que estando a morrer.

*

 

 

Maria João Brito de Sousa – 09.02.2020 – 13.55h

 

14
Mai12

BRAVO, ROSEIRA BRAVA! Sonetilho para ser cantado... ou não.

Maria João Brito de Sousa

 

Roseira, brava roseira,
Que saldaste em desamores
O fel de todas as dores
Da tua humana canseira,

Que, da última à primeira,
Fizeste brotar as flores
Que te negaram louvores
Da burguesia altaneira,

Tu que medraste nas hortas,
Que entraste em todas as portas
E encheste as casas de tantos,

Perfumaste as horas mortas
Trazendo às faces absortas
Terno riso, alegres cantos…





Maria João Brito de Sousa – 14.05.2012 -17.55h



Nota – Este sonetilho pretende ser uma muito humilde homenagem às jovens aldeãs deste país.
Às que o foram e começam, agora, a murchar, e às que ainda houver por esse Portugal fora.
Onde acaba a Rosa sempervirens e começa a jovem mulher, nem eu mesma sei… mas é a ela, mulher e aldeã, que eu o dedico.




06
Abr12

MEDIR OU NÃO MEDIR A ESTRADA - Sonetilho

Maria João Brito de Sousa

 

Passa num nada este nada
Que duma vida nos cabe
Quando olhamos para a estrada
Temendo que ela se acabe…

Vamos medindo a passada
Antes que tudo desabe
Mas, duma estrada acabada,
Pouco ou nada a gente sabe

Pois, por mais que se procure
Razão para os desatinos
A que a estrada conduzia,

Nunca evitamos que jure;
- Todos vós nasceis meninos
e haveis de morrer um dia…



Maria João Brito de Sousa – 06.04.2012 -13.21h

 

 

NOTA - Peço desculpa pela inusitada apresentação do texto poético... a decisão foi do Sapo...

04
Abr12

A EQUAÇÃO DA VIDA - Sonetilho

Maria João Brito de Sousa

São tantas as variáveis
Desta equação de viver
Que os resultados prováveis
Jamais se hão-de resolver

Mas, entre as mais condenáveis
Das mil coisas por fazer,
Estará sermos vulneráveis
Aos disfarces do Poder...

Que, ao pouco que aqui fizermos,
Se acrescente o nosso amor
Pois, nas mil voltas que dermos,

Andaremos ao sabor
Da Vontade que opusermos
À avidez do  predador…

 



Maria João Brito de Sousa – 04.04.2012 – 19.26h


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