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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
03
Jun11

O FRUTO DO OVO

Maria João Brito de Sousa

 Que pássaro voou? Que lume acende,

Neste terreno palco, uma vontade

Que não desiste nunca e se não rende

Enquanto não alcança a liberdade?

 

Que absurdo gesto nega e se não vende,

Que lágrima a sulcar-me esta saudade

Me traz quanta vontade aqui me prende?

E quem me diz a mim que isto é verdade?

         

Foi a asa de um anjo imperativo

Que, apontando este espaço onde me vivo,

Me pediu para olhá-lo desde os céus,

 

Ou o fruto de um ovo, aceso em chamas,

Trocando as tibiezas que proclamas

Por quanto eu não conheço e chamo Deus?

 


 

Maria João Brito de Sousa

19
Mai11

QUAIS BANAIS? QUAIS INTANGÍVEIS?

Maria João Brito de Sousa

Quando o sol vem mostrar que bem-me-quer,

Tal como quer aos melros e pardais,

Respondo-lhe que o quero ainda mais,

Que, às vezes, sou mais ave que mulher…

 

Mas, se uma lua cheia acontecer,

Redonda em seus abraços vesperais,

Aceno-lhe a sorrir, faço sinais

Para que ela, ao espreitar, me possa ver…

 

Tão ave quanto as aves, mas sem asas,

Fico a vê-las voar por sobre as casas

Enquanto estes dois astros, impassíveis,

 

Iluminando todos por igual,

Não diferenciam homem de animal,

Nem cuidam quais banais, quais intangíveis…


 

 

Maria João Brito de Sousa – 19.05.2011 – 10.05h

05
Nov10

UNS TANTOS DE NÓS...

Maria João Brito de Sousa

 

Muito além das conquistas ou dos medos,

E dos bens que, pr`a ter, há que comprar,

Das mentiras, verdades e segredos

Que cada um irá, ou não, calar;


Muito além das sereias nos rochedos

[que inventámos tão só para enganar

as fragatas que lançam seus torpedos

quando nenhum de nós quer disparar…]


Apesar das mil coisas que nos prendem

À nossa condição de seres humanos

E que no dia-a-dia nos constroem,


Há uns tantos de nós que compreendem

Que iremos muito além desses enganos

Das “coisinhas” banais que mais nos doem…

 

 


Maria João Brito de Sousa

27
Out10

NEM SÓ DE MIM...

Maria João Brito de Sousa

 

Porque nem só de mim te irei falar,

Não só do que senti, do que pensei,

Te apontarei os raios de luar

Nas rimas dos poemas que farei,

 

Porque talvez – quem sabe? – eu vá rimar

Sobre um milhão de coisas que nem sei

E chegue, qualquer dia, a dissertar

Sobre o que escrevo, além de quanto herdei…

 

Não leves muito “à letra” o que te diga!

Há dias em que acordo e só me intriga

A génese da Vida, nas razões

 

Que levam qualquer gato a nascer gato…

(... nesses dias sem medo, nem recato,

perco-me inteira em mil divagações…)

 

 

Maria João Brito de Sousa - 27.10.2010 - 15.18h

18
Ago10

QUANDO EU MORRI

Maria João Brito de Sousa

 

Quando eu morri, voltei para entender-me

Com as coisas que a vida me negara

E, talvez, para, enfim, reconhecer-me,

Redescobrir, num rosto, a minha cara…


Não me sabia nesse anteceder-me

À noite, sendo ainda manhã clara

E quando a madrugada veio ver-me

Encontrou este pouco que sobrara…


Mas, quando morri mesmo e percorri

A estrada que se julga ser final

E, depois fiz, inverso, esse caminho...


Não sei por que razão me decidi

A este recomeço vertical

Do mundo acidental do que adivinho!


 

 

Maria João Brito de Sousa

05
Ago10

A PARTILHA

Maria João Brito de Sousa

 

Quando um novo horizonte me chamava

Era nas coisas – todas! – que  sentia,

Que voava pr`a  ele, nele aterrava,

E que, depois, na volta, em mim trazia,

 

Pois sempre alcancei quanto desejava

E soube que jamais me afastaria

Daquelas – tantas... - coisas que encontrava

Nesse mundo longínquo que antevia.

 

Aonde quer que os olhos me levassem,

Desse pouco de mim que semeassem,

Brotava, de repente, uma outra ilha…

 

Meu corpo era fronteira, era embalagem,

E a ilha encantada era a voragem

Que a mim me devorava. Era a partilha.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 04.08.2010 – 19.05h

 

17
Jan08

DICOTOMIA

Maria João Brito de Sousa

Este é um trabalho a aguarela e pena com 70x46cm.

 

 

 

Muito filosófico, não é?

Esta dicotomia é inerente à própria vida e não é exclusiva do ser humano.

Haverá quem pense que não... mas eu mantenho esta perspectiva.

Começando pela própria definição de vida... que é o contrário de morte. De belo, que é o contrário de feio. De calor, que é o contrário de frio...

Isto daria "pano para mangas" e não pretendo transformar este post num tratado.

Para os que não estejam de acordo com o que acabei de escrever, fica uma sugestão; transportem esta dicotomia para a pintura. Já está? Bem... agora imaginem

uma pintura sem a dicotomia, ou seja, muito simplesmente o CONTRASTE, que é, em todos os seus cambiantes, a dicotomia da imagem.

Ficou EM BRANCO!?

Muito, muito monótono...

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