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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
03
Dez09

CONCEITOS DE VIDA

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

O conceito de Vida, indiscutível,

Tem, no entanto, pontos divergentes

Que muitas vezes são coincidentes

Com o nosso conceito de impossível…

 

Quem se lembra do drama das Origens?

Da estranha evolução que, em mil milénios,

- multiplicando mais, segundo os génios,

até onde o pudermos, sem vertigens… -

 

Fez avançar extremófilos até

Aos répteis e aos mamíferos primatas,

No topo da cadeia alimentar?

 

Porque sempre assim foi – e ainda o é… –,  

Nuns nasceram as asas, noutros, patas…

[Então… por que razão querê-los matar?]

 

 

 

 

 

26
Dez08

PERCURSO IV

Maria João Brito de Sousa

São milénios, são anos, são momentos,

São traços como palavras ou rugas,

São os inevitáveis, são as fugas

Às concretizações e aos eventos.

 

São as desconstuções, os desinventos,

Os verbos que esqueceste, mas conjugas,

A força que, não tendo, ainda alugas

Em troca do que calas em lamentos.

 

São ondas do teu mar, essas marés

Que te tornam naquilo que tu és

Sobrando o que é comum a toda a gente.

 

São as recordações dos teus sentidos,

Memórias, livros lidos e relidos,

E o que de ti ficar daqui pr`á frente.

 

 

Maria João Brito de Sousa - 26.12.2008

 

A S.

 

imagem retirada da internet

04
Nov08

O POEMA III

Maria João Brito de Sousa

E SE?
*


E se um verso fosse obra de ninguém,

Se fosse um ser que existe só por si,

Independente, atento ao que escrevi,

Para ver se lhe assenta mal ou bem?
*

Se fosse, cada verso, um novo alguém

Que aspira à vida e que se prende aqui,

Que pressentisse as coisas que eu vivi

E quisesse vivê-las, ele também?
*

Se fossem, estes versos, sopro vivo

De alguém que espera pra tornar-se activo

E que aguarda o momento de embarcar?
*

Se fosse o dar-lhe vida, o dar-lhe voz,

Criar um ser tão vivo como nós

Que só alguns soubessem aceitar?
*


Mª João Brito de Sousa

04.11.2008

11
Out08

DE MIM PARA COMIGO I e II

Maria João Brito de Sousa

 De mim para comigo eu quis falar

E, às tantas, o luar falou mais alto

E desenhou-me a sombra nesse asfalto

Onde eu estava comigo a conversar

 

De mim para comigo... e o luar

Veio deixar-me a alma em sobressalto!

A sombra lá em baixo e eu tão alto,

A lembrar-me da queda, se falhar...

 

De mim para comigo eu disse então:

- Se cair voltarei, estarei no chão...

Mais vale acreditar, seguir em frente!

 

Olhei de novo o chão, já pequenino.

Voar! Voar foi sempre o meu destino!

E segui, muito além do que é prudente...

 

II

 

De mim para comigo. O sonho é tudo!

(se aceito, é quem me targa a alma aberta...)

E vamos a viver que a morte é certa!

O sonho aceita o fim. Eu não me iludo.

 

De mim para comigo. Estranho estudo

Que levo a cabo neste eterno alerta,

Pois tudo o que há em mim, em mim desperta

E tudo o que desperta é conteúdo...

 

Das coisas que, ao passar, foram ficando,

(não paro de sonhar! Eu só abrando

e fico a meditar no que aqui faço...)

 

Há passos de luar nos meus sentidos

E beijos que nem foram prometidos,

Inúteis, como tudo o que aqui faço...

 

 

"O Pensador" - Rodin

 

Imagem retirada da internet

24
Set08

BLOGOMAR, MEU ESTRANHO BLOGOMAR...

Maria João Brito de Sousa

Não. Hoje ainda não nasceu nenhum soneto... não quer dizer que não venha a nascer ou que eu não venha, ainda, a publicar a coroa, toda seguidinha, sem repetição dos tais versos primeiros e últimos. Quer dizer que hoje me apetece divagar um pouco sobre os meus cansaços, as minhas alegrias e o que de muito estranho tem andado a acontecer ultimamente. De todas as conclusões absurdas que tenho tirado nestes últimos tempos, a mais sensata parece ser a de que fui acometida por uma estranha forma de loucura, e, como, de vez em quando me torno sensata, vou optar por ela. Já me preocupei muito, já me preocupei pouco e já me deixei de preocupar, por isso não se preocupem vocês também. Não vale a pena.

Pressupondo que fui acometida por um estranho caso de loucura e constatando, diariamente, que outra coisa não pode ser, o melhor é deixar fluir e esperar que passe. Porque tudo, tudo passa nesta vida e há loucuras que são mesmo episódicas. Mulher de muita fé e teimosa como ninguém, decidi continuar a poetar como se nada fosse. Tenho 14 animais para tratar e a casa virada do avesso, por isso nunca me sobra tempo para aquilo que é inútil.

O Spirit é um excelente caçador de pombos e tem o terrível vício de esgravatar a terra dos vasos todos... mas isso é o menos. A terra apanha-se do chão e tratam-se os pombos quando ele estiver deitado no sofá da sala. O problema é mesmo uma questão ontológica. Aquela coisa do: "Crescei e reproduzi-vos!"

Ele parece-me (ainda) demasiado jovem para obedecer à ordem, mas, não tarda mesmo nada, vai começar a escutá-la...

Ah! Já me esquecia do resto. "Alimentai-vos!"

Ora a essa obedece ele às mil maravilhas desde o momento em que foi concebido e tudo isso acaba por se traduzir numa coisa que não tenho. €uros.

NÃO! Não estou a pedir euros a ninguém! Estou a apelar a quem possa deixar que o Spirit o adopte que o faça antes que ele deixe por cá alguns descendentes...

É lindo, é meigo, é muito brincalhão e não foi necessário ensiná-lo a ir ao "caixote" porque ele foi lá ter de moto próprio. Ficam algumas imagens do jovem, só para vos "aguçar o apetite"...

E agora que já divaguei um poucovou tentar visitar alguns dos meus amigos e companheiros deste

"blogomar, estranho blogomar..."

 

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