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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
11
Jan17

O MEU PATRONO VISTO POR MIM - AVL

Maria João Brito de Sousa

Florbela com Gato.jpg

 

Patrono: Florbela Espanca

Académica: Maria João Brito de Sousa

Cadeira: 06



Evento:



"O MEU PATRONO VISTO POR MIM"



A FLOR DO SONHO

*



A Flor do Sonho, alvíssima, divina,

Miraculosamente abriu em mim,

Como se uma magnólia de cetim

Fosse florir num muro todo em ruína.

*



Pende em meu seio a haste branda e fina

E não posso entender como é que, enfim,

Essa tão rara flor abriu assim!...

Milagre... fantasia... ou, talvez, sina...

*



Ó flor que em mim nasceste sem abrolhos,

Que tem que sejam tristes os meus olhos,

Se eles são tristes pelo amor de de ti?!...

*



Desde que em mim nasceste em noite calma,

Voou ao longe a asa da minha`alma

E nunca, nunca mais eu me entendi...

*



Florbela Espanca



In "Livro de Mágoas"



_____*_____



GLOSA



COORDENADAS PARA UM VELHO/NOVO SONHO

*





"A Flor do Sonho, alvíssima, divina,"

Veio florir-me a sina, de nascença;

Minha ideada irmã, estranha pertença

Que não tem quem a vença, se ilumina...

*



"Pende em meu seio a haste branca e fina",

Que, embora pequenina, sente, pensa,

E não contesta a capital sentença

De quem, ao Verso, serve e, ao Mundo, ensina.

*



"Ó flor que em mim nasceste sem abrolhos",

Quando floriste, encheu-se o mar de escolhos

Que vão fendendo o bojo à minha Barca;

*



"Desde que em mim nasceste em noite calma",

Tomei por leme o verde de uma palma

E fiz-me ao mar de Dante, com Petrarca.

*





Maria João Brito de Sousa - 08.01.2017 - 12.32h

 

quatro anos, Algés.jpeg

 

 

29
Ago16

APOGEU POÉTICO - Academia Virtual de Letras

Maria João Brito de Sousa

Natureza.jpg

 

APOGEU POÉTICO AVL - Agosto, 2016

Tema - NATUREZA

Modalidade - Clássico

Patrono: Manuel Maria Barbosa du Bocage

Académica: Maria João Brito de Sousa

Cadeira: 06



NATURA



Natura, minha Mãe, se sei cantar-te,

De ti me veio a força, o sopro humano

E este engenho que teima em dedicar-te

Cada alegria e cada desengano...



Se ainda sei, Natura, que negar-te,

Seria ir-me perdendo em rumo insano,

Assim continuarei fazendo Arte

Do muito que me deste, ano após ano!



Somei-lhe, é certo, indómita vontade,

Um trabalho sem fim, um risco, um preço

E a minha própria escolha que, em verdade,



Foi livre, tanto quanto o reconheço...

Mas sendo eu tua filha, ó Grande Madre,

Como não ser-te igual, desde o começo?



Maria João Brito de Sousa - 12.08.2016 - 12.22h

 

11
Jul16

EVENTO AVL - O MEU PATRONO VISTO POR MIM

Maria João Brito de Sousa

Bocage.jpg

 Patrono: Manuel Maria Barbosa du Bocage

Académica: Maria João Brito de Sousa

Cadeira:06

 

BOCAGE





(Soneto em decassílabo heróico e rima encadeada)



Manuel Maria foi vate erudito

Que fez, do verso escrito, o seu combate,

Ousando algum dislate, usando o grito

Que de si fez proscrito, embora vate...



Sonetos de quilate eu lhe credito

Num breve plebiscito em que arrebate

E abarque o que o meu vate deixou escrito;

Seu estro, esse infinito, e seu remate!



Barbosa du Bocage, o dos sonetos,

Homem de mil trajectos, que reage

Improvisando, o que age sem projectos



E que em versos directos, tece ultrage

Aos "nobres" - "quel dommage!"*- mais infectos,

Mas nunca aos seus dilectos: - Eis Bocage!



Maria João Brito de Sousa -07.07.2016 - 14.00h





* "Quel dommage!" - Que pena!, em francês.

 

bocage-biografia-e-obras.jpg

 

 

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