SAUDAÇÃO MATINAL ÀS ÁRVORES CAÍDAS
SAUDAÇÃO MATINAL ÀS ÁRVORES CAÍDAS
Bom dia, ó belas árvores vencidas
Pla nudez dos canteiros da alameda.
Bom dia! Que a memória me conceda
Saudar-vos, já que não sereis esquecidas,
Lembrar-vos, já que fostes destruídas
E mais nenhuma voz vos arremeda
Num protesto de linho, uns fios de seda
Que em coro renovassem vossas vidas...
Bom dia, ó salas verdes e frondosas
Das aves e das heras mais viçosas
Que todas as manhãs saudava, dantes.
Saúdo as vossas palmas já saudosas,
Os troncos e as raízes caprichosas...
Adeus e até sempre, ó bons gigantes!
Maria João Brito de Sousa – 04.04.2018 – 11.01h
(Imagem retirada do Google)