GLOSANDO MARIA DA ENCARNAÇÃO ALEXANDRE - Barquito/Jangada
UM BARQUITO NO TEJO
Lá ao longe nas águas cor de prata
Onde o sol se refresca ao fim do dia
E onde o Tejo convida uma fragata
Vai um barquito, só...sem companhia
Vai sereno na sua passeata
Deslizando em reflexos de poesia
Sob a ponte onde a água é mais pacata
Quando a tarde é já cor de fantasia
Parece quedo ali ao meio do rio...
Somente o balouçar lento e macio
Denota que ele vai a navegar
De vela içada segue o seu destino
E ao leme leva um sonho de menino
Feito de sol de brisas e de mar
MEA
20/08/2017
********
JANGADA DE SONHOS
“Lá ao longe, nas águas cor de prata”,
Flutua uma jangada aventureira
Humilde, porque toda se recata,
Sem âncora, sem rumo e sem fronteira.
“Vai sereno/a na sua passeata”,
Ao sabor das marés voga ligeira;
Só nas cristas das ondas se retrata
E só no azul do céu se espelha inteira.
“Parece quedo/a, ali, ao meio do rio”,
Onde não passa mais nenhum navio;
O mar que a espera é seu, de mais ninguém!
“De vela içada segue o seu destino”
Deixando atrás de si o rasto fino
Do sonho com que ousou deixar Belém.
Maria João Brito de Sousa – 21.08.2017 – 10.44h