09
Mai18
DO SONETO
Maria João Brito de Sousa
DO SONETO
A Rima empunha enxadas e resiste!
Premindo teclas sem hesitação
Percorre o Tempo de palavra em riste;
Que ninguém tente impor-lhe a rendição!
Pode trazer consigo um verso triste
Para juntá-lo ao viço da canção
Que canta quem não cala, nem desiste
De fazer de um soneto uma missão,
Ou pode estar escondida, ensimesmada,
Em gestação latente e bem calada
Até que, de repente, brota e jorra
Como se fosse, a espera, premiada
E, quando já madura e fermentada,
Desse vida ao Soneto, antes que morra.
Maria João Brito de Sousa – 09.05.2018 – 11.20h