CALEIDOSCÓPIO
(Soneto em verso hendecassilábico)
Nasci sendo parte de outro cinescópio;
Desde os meus primeiros momentos de vida
Via, em cada letra, um caleidoscópio
E a frase sorria de tão colorida...
Só sentido faço deste modo impróprio
E só me concentro quando diluída,
Mas nunca me digam; - Foi consumo de ópio...
Pois desta maneira fui nada e parida!
Sei ser muito humana, mas não sei se sei
Explicar subtilezas que só eu distingo...
Talvez o consiga, depois o verei,
Caso sobre ainda uma gota, um pingo,
Disto que, em verdade, sempre vos contei...
Chamam-me aldrabona? Nem assim me vingo!
Maria João Brito de Sousa – 14.08.2017 – 13.59h
NOTA - Estas letras e dígitos não apresentam as cores com que eu mentalmente os vejo.