12
Jan18
A TODAS AS MUSAS - E MUSOS... - DE BENGALA...
Maria João Brito de Sousa
Sou rebelde e, confesso, caprichosa;
Vista, em gala, um soneto delicado,
Ou o casaco usado de uma prosa,
Vesti-los-ei com gosto e com cuidado,
Como se fossem pétalas de rosa,
Ou penas de um pardal que, apaixonado,
Do mais alto dos galhos da mimosa
Cantasse à companheira um velho fado.
Tenho uma pauta própria, mas comum
Ao mais douto e ao velho “Trinta e Um”
E tanto sirvo o rei, quanto o magala.
Caso não conheçais poeta algum,
Não podeis afirmar; - Não há nenhum
Que se atreva a ser “muso”... e “de bengala”.
Maria João Brito de Sousa – 12.01.2018 – 14.49h