GATO DE TELHADO
(Soneto em verso eneassilábico)
O Sol brilha em teus olhos doirados
Se, incontido, um rosnido acontece
Na conquista de urbanos telhados
Onde, à noite, o teu corpo adormece
De veludo, em teu dorso eriçados,
Doseando a tensão que o estremece,
Estão milhares de pequenos soldados
Preparando o que em garras se tece…
Não há fome nem frio, não há sede
Que desarme essas armas brandidas
Na defesa de um espaço que é teu
Mas se o estranho invasor to concede
E desiste das telhas perdidas…
Reconquistas, no mundo, o teu céu!
Maria João Brito de Sousa – 30.12.2012 – 18.09h
Nota - Ligeiramente reformulado, a 02.01.2012 depois da publicação no meu mural do Facebook