SONETO MAIS OU MENOS DISTORCIDO
Como escrevo um soneto distorcido,
Sem eixo com que possa defini-lo,
Nem forma com que possa distingui-lo
De uma prosa jocosa, ou sem sentido?
Discorro sem que tenha prevenido
Formato, nem razão… e, de senti-lo,
Me nascem de enxurrada, ousando um estilo,
Os versos que lhe servem de vestido...
Mas quando o corpo implora algum descanso,
E a mente me vagueia no remanso
Que o cansaço geral me vai trazendo,
Nem versos, nem canções, nem mesmo ideias;
Só quanto mar me corra pelas veias
Responde às tais questões que nunca entendo…
Maria João Brito de Sousa – 11.06.2012 – 17.11h
Fotografia de Carlos Ricardo
Reformulado a 22.11.2015