BRAVO, ROSEIRA BRAVA! Sonetilho para ser cantado... ou não.
Roseira, brava roseira,
Que saldaste em desamores
O fel de todas as dores
Da tua humana canseira,
Que, da última à primeira,
Fizeste brotar as flores
Que te negaram louvores
Da burguesia altaneira,
Tu que medraste nas hortas,
Que entraste em todas as portas
E encheste as casas de tantos,
Perfumaste as horas mortas
Trazendo às faces absortas
Terno riso, alegres cantos…
Maria João Brito de Sousa – 14.05.2012 -17.55h
Nota – Este sonetilho pretende ser uma muito humilde homenagem às jovens aldeãs deste país.
Às que o foram e começam, agora, a murchar, e às que ainda houver por esse Portugal fora.
Onde acaba a Rosa sempervirens e começa a jovem mulher, nem eu mesma sei… mas é a ela, mulher e aldeã, que eu o dedico.