19
Abr12
POEMA CARTA-ABERTA
Maria João Brito de Sousa
Se escrevo e a voz me soa em poço fundo,
Se vai crescendo pouco inteligível
Pr`a quem, tal como eu, anda no mundo,
Será poema em vão, grito inaudível…
Mas se se eleva mais, se chega a quem
Quanto aqui escrevo possa decifrar,
Se encontro a voz na voz de quem lá vem,
Mesmo que tente, apenas, perturbar,
Mais que não seja pra lembrar que aqui
Está quem, não desdenhando uma partilha,
Questiona um novo mundo em rota incerta,
Terá sido pr`ó mundo o que eu escrevi;
Pra todo aquele que nega ou que perfilha
A voz do meu poema em carta - aberta.
Maria João Brito de Sousa – 19.04.2012 – 18.32h