09
Mar12
DECEPANDO A PESADA MÃO DO CAPITAL
Maria João Brito de Sousa
Na mão capitalista o esbulho adorna,
Bem preso, inalcançado, o repartível,
O que não chega a nós mas que é visível,
O que, ao ser-nos roubado, nunca torna,
O que ela nos levou, porque suborna
Fazendo acreditar não ser possível
Aquilo que, afinal, é tão tangível
Quanto a razão que cresce e nos transforma
Mas eis que o era nosso, cai, por fim
Da mão usurpadora que um motim
Decepa sem mostrar falsos pudores…
Portugal florirá como um jardim
Assim que a mão cair, porque é assim
Que morrem, sempre, as mãos dos ditadores!
Maria João Brito de Sousa – 09.03.2012 – 19.54h
Imagem retirada da internet, via Google