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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
10
Out11

SONETO A UM VERSO QUE FICOU POR ESCREVER

Maria João Brito de Sousa

 

 

Usado e gasto ou novo e displicente,

Tenho-te aqui, neste onde que nem sei,

No poema em que te prendo, esse imprudente

Que te irá dar bem mais do que eu te dei,

 

Mas perco-te depois, num gesto urgente

Em que abro mão daquilo que engendrei,

E vendo-te voar – quem me desmente? –

Descubro que não mais te encontrarei...

 

Quem és, quem és, se nem mesmo eu souber

Prender-te nos meus braços de mulher

Dando uma voz à voz que tu não tens?

 

Serás verso que teima em se perder,

Ou talvez sejas tudo o que eu quiser

Por mais que eu nunca saiba de onde vens...

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 10.10.2011 – 21.11h

 

 

 

Imagem retirada da Internet, via Google

4 comentários

  • :D Olá, Paper! Obrigada! Que verso foi esse? Tantos, amiga! Às vezes não há mesmo nada, nada onde possamos escrever um verso... ou mais... e a memória acaba por nos trair... a nós e ao tal verso que nunca foi escrito...
    :) Tenho um poema que foi todo escrito a lápis numa pedra da calçada que estava solta, junto à paragem do autocarro. Agora lamento ter deitado fora a pedra... mas acabei por deixá-lo escrito num dos meus quadros, simbolicamente :) Mas acredita que nem sempre o caderninho, a pedra, o lápis ou o guardanapo de papel estão ali, à mão. .. e eles vão-se, exactamente como se tivessem asas. Pelos mil e não sei quantas centenas - acho eu... - de poemas que tenho publicados online, muitos mais me fugiram, podes crer!
    Abraço grande! :)
  • Imagem de perfil

    PaperLife 12.10.2011

    Um poema escrito numa pedra da calçada? Nunca imaginei isso, mas agora que o fiz acho fantástico :D
    Mas concordo contigo, por muitos poemas que escrevamos, muitos mais nos fogem :)
  • Desculpa... interrompi a nossa conversa... e, não tarda nada, volto a interromper porque isto fecha :/
    Dá para escrever um soneto num paralelipipedo, dá. Tem de ser com letra pequenina mas faz-se! E até fica bonito... é pena é ser tão pesado :))
    Às vezes ainda fico triste quando perco um ou dois versos que eu achava particularmente bonitos...
    Bjo!
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