SONETO PARA SAUDAR A MARÉ ALTA
SONETO DA MARÉ ALTA
*
Por quanto tempo eu não escrevi, poema,
Teu nome, a negro, neste azul sem mar?
Por quanto tempo ousei, sem to explicar,
Deixar que repousasse a minha pena?
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Mas nesta noite escura a lua acena
Ao poema que em mim quis habitar
E redescubro o vértice lunar
Da velha esfera branca, acesa e plena.
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Há centelhas de luz sobre os meus dedos
Assim que afloro os íntimos segredos
Dessa alquimia muda e sem origem
*
Que não cuida das dúvidas e medos
Que o mar esconde entre abismos e rochedos
No instante imprevisível da vertigem.
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Maria João Brito de Sousa – 15.09.2011 – 21.28h
IMAGEM RETIRADA DA INTERNET, VIA GOOGLE