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Jul11
MADRUGADAS E OUTROS RECOMEÇOS
Maria João Brito de Sousa
Fica tão triste a cor das madrugadas
Em que o sol se esqueceu de vir brilhar
E as nuvens plúmbeas crescem, desoladas,
Sobre os últimos raios de luar
Mas, em compensação, outras, ousadas,
Rompendo o escuro manto irão mostrar
O azul do céu às vidas ensonadas
Que agora mesmo acabam de acordar
Há sempre um cravo aberto na janela
De cada madrugada que não esqueço
Nas horas de um porvir que se aproxima
E, se alguém se esqueceu de olhar pr`a ela,
Eu escrevo outro poema e recomeço
No primeiro amanhã que nasça em rima
Maria João Brito de Sousa - 2011.07.22 - 12.17h