20
Abr11
METÁFORA DOS DENTES DA ARREPIANTE CRIATURA
Maria João Brito de Sousa
No prólogo da nova cantilena,
Urrando, a arrepiante criatura,
Deixava vislumbrar estranha melena
E ferozes dentes, d` uma imensa alvura…
Do alto do penhasco, em noite amena
Que aquela lua nova tornou escura,
Rompendo dessa imensidão serena
De uma forma brutal, tremenda, impura,
Um urro inconformista e desconforme,
Tão incomensurável, tão enorme,
Que arrepiava mesmo o mais valente,
Mostrava, a quem velando nunca dorme,
Que pode nem haver quem se transforme
Mas que, num pesadelo, há sempre um “dente”…
Maria João Brito de Sousa – 19.04.2011 -19.44h
IMAGEM RETIRADA DA NET