21
Jan11
ÀS DUAS POR TRÊS!
Maria João Brito de Sousa
… e, às duas por três, tão de repente
Que o próprio coração se lhe abalava,
Ouvia-se um trovão e lá brilhava,
No estro do Poeta, o verso ardente…
Assim nascia cada apelo urgente
Que ninguém, senão eu, testemunhava,
De cada vez que o verso ribombava
Anunciando a vinda da semente…
Não houve um só momento, um só segundo,
Em que, calando aquele apelo fundo,
Lhe não surgisse o Verbo! Uma só vez!
Não soube se era, ou não, do nosso mundo
Mas, quando ouvir de novo, eu não confundo
Aquele clamor do; “Às duas por três!”…
Maria João Brito de Sousa – 19.01.2011 – 21.