12
Jan11
UMA OUTRA PROPULSÃO
Maria João Brito de Sousa
Não sei mais o que faço, nem se o faço
Porque o quero fazer, ou porque o devo,
Só sei que é forte e dúctil como o aço
A força que me nasce como o trevo.
Ao que dela surgir, junto o meu traço,
Mas de ingénua que sou, porquanto o escrevo,
Revelo-me na rota desse abraço
Mesmo quando a assumi-lo não me atrevo.
Não há tédio - não há! - que me resista,
Nem há indecisão que não desista
Quando me toma, inteira, a criação
E, melhor ou pior, preencho a lista
Daquilo que me prende, me conquista
E engendra esta imparável propulsão.
Maria joão Brito de Sousa - 12.01.2011 - 14.19h
Imagem retirada da internet