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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
20
Dez10

SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA FEIRA XXIV

Maria João Brito de Sousa

 

 

MISTÉRIOS DE TODAS AS POÉTICAS

 

 

Há gotas de suor nos meus sonetos,

Jorrando de outros poros, porque os meus

Não podem entender tantos dialectos

E portam-se, por vezes, como ateus

 

 

Que pasmam só de olhar os riscos pretos

Feitos – quem sabe… - pela mão de Deus,

Destes grafismos estáticos, erectos,

Que descrevem o Mar, a Terra, os Céus…

 

 

Inunda-me, o poema, o corpo inteiro,

Escorrendo como a tinta de um tinteiro

Que outro alguém, derrubando, não quisesse

 

 

Aceitar nas palavras que eu emprego

E, à pressa, derramasse um grito negro

Sobre o que eu escreveria… se pudesse.

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 18.12.2010 – 18.36h

 

 

 

CONDICIONALISMOS, COMODISMOS E RECEIOS, S.A.

 

 

Eu cantaria a rosa que há em mim,

Mas posso muito bem vir-me a esquecer,

Ou mesmo perguntar-me, até ao fim:

- Se um espinho me picar, irá doer?

 

 

Eu cantaria as ervas de um jardim

Até o mundo olhar e entender

Mistérios numa haste de alecrim...

Mas se ele for cego e nunca o puder ver?

 

 

Há preconceitos e receiozinhos

Que vão atando as mãos da minha voz

E que me vão deixando assim, perdida

 

 

Na conjectura de actos comezinhos…

Ficam flores e jardins muito mais sós

E assim se vão as horas de uma vida.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 15.12.2010 – 19.19h

 

 

 

 

 

 

NATAL - Amor, simbolismos e metáforas

 

 

Tão leve é o seu jugo… e já chegou

O tempo de afastar toda a cegueira

Porque o Tempo cresceu, tudo mudou,

Mas nunca foi Natal na Terra inteira.

 

 

Tão suave a sua carga… e demorou,

Como qualquer terrena sementeira,

O tempo necessário, o que bastou,

Pra dar vida ao escondido na poeira.

 

 

Tão ínfimo e tão grande! Que pesada

A mão que desferiu a chicotada,

Qual célula a cumprir suas funções

 

 

Em troca do perdão, na consoada,

Escolhe nascer na mesma humana estrada

Em que, ao morrer, reinou sobre as paixões.

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa– 16.12.2010 - 19.25h

 

 

 

 

 

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