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Dez10
PING-PONG
Maria João Brito de Sousa
Quem, querendo dar-me vida, a perde assim
Decerto desconhece o que sobrou
Desta anímica força que há em mim,
Ou desconhece mesmo quem eu sou…
Desconhece este jogo até ao fim
E o treino de o jogar que me ficou
Depois de ter vencido, ao dizer; - Sim!
A partida a que a morte me forçou…
Mas, sendo assim tão frágil, todos pensam
Que o que eu vos relatar será mentira,
Exagero, talvez… mera invenção!
Neste Ping-pong, à espera que me vençam,
Troféu que já ganhei, ninguém me tira!
[bolinha que cair… fica no chão!]
Maria João Brito de Sousa
Imagem retirada da internet