04
Ago10
A VELHA MORADIA DO DAFUNDO
Maria João Brito de Sousa
Aquela casa velha que sabia
Todos os tempos de outro verbo “amar”
Era um templo sagrado que se abria
De cada vez que a ia visitar…
Havia um areal que se estendia
Da orla ribeirinha até ao mar,
Que rescendia a vida e maresia
Naquele avo de costa por explorar…
Morava Deus, naquela velha casa
Por obra de um mistério que defino
Como o mais transcendente do meu mundo
Pois despontava-me uma ou outra asa
E renascia em mim um Deus Menino,
Na velha moradia do Dafundo…
Maria João Brito de Sousa