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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
29
Abr13

SE (ME) EXALTO

Maria João Brito de Sousa

 

(Soneto em verso eneassilábico)

 

 

 

Se dissinto e me exalto e procuro,

Nestes versos de terra batida,

O perfeito local do Futuro

Onde erguer, no futuro, outra vida

 

É por ser-me insondável, mas puro,

Este querer que me torna aguerrida

E este ser, de que não me descuro,

Neste estar de chegada e partida!

 

Se, amanhã, ou depois, me esquecer

Do que agora me move e me enleia

Nestes ramos de humano saber,

 

Será tempo de o tempo o dizer

Mas, enquanto este qu`rer me norteia,

Terei tempo e razões pr`a viver!

 

 

Maria João Brito de Sousa – 29.04.2013 – 19.42h

 

 

 

IMAGEM - Desenho de Álvaro Cunhal, série "Desenhos da Prisão"

18
Abr13

SONETO DE AMOR À LÍNGUA PORTUGUESA

Maria João Brito de Sousa

 

(Em decassílabo heróico)

 

 

 

Sussurra-me, esta voz que me acompanha

E aqui se assume inteira e colectiva,

Um gesto que em palavras se desenha

Pr`a cumprir-se em canção; sonora e viva!

 

Então, como se a voz me fora estranha,

Dona de autonomia e quase altiva,

Flui por mim toda até que em mim se entranha

Pr`a me deixar, depois, de si cativa…

 

Mil palavras me nascem no momento

Em que faço da voz discernimento

E amor à língua-mãe que me norteia

 

Porque ela me ultrapassa em “sentimento”

E consegue dar voz ao que nem tento

Se acato o que outra língua em mim cerceia.

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa -17.04.2013-18.32h

 

14
Abr13

ESPADA DE POETA II

Maria João Brito de Sousa

 

(Soneto em decassílabo heróico)

 

 

Numa ânsia de lutar por seu país,

Fez-se d`aço a pureza dos seus versos

No vigor de mil golpes controversos

Contra invasor tão vil que nunca o quis…

 

Que a voz nunca lhe falte e, é já feliz…

Quem sabe, agregue, um dia, ecos dispersos

D`alguém que, nos momentos mais adversos,

Hesite em repetir quanto hoje diz…

 

(…)

 

Por sua gente, em luta levantada;

Seu verso militante erguendo a espada!

Contra o jugo de alguns que tudo querem;

 

O sabre da vontade, essa indomada!

(… e o momento a deixá-la agrilhoada

às grades que aos  "outsiders" convierem…)

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 12.04.2013– 21.39h

10
Abr13

POEMA MATER(IA)

Maria João Brito de Sousa

POEMA MATER(IA)

*

(Soneto em decassílabo heróico)

 * 

No topo da matéria, uma palavra

E lá dentro, pulsando, as palavrinhas…

Mas, por belas que sejam, sendo minhas,

Nunca irão designar quanto eu esperava

*

E apenas a paixão, de amante e escrava,

Sem opor resistência a tais rainhas,

Me obriga à persistência destas linhas

Que tão estranha obsessão me comandava

*

 

Porém, recusam mando que não venha

Do fundo deste amor que as não desdenha,

Ou do corpo/matéria em que me sou

*

 

Quando, em mim, toda inteira, se desenha

O verbo que do alto se despenha

Sobre a própria palavra que engendrou.

 *

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 10.04.2013 – 13.36h

 

04
Abr13

ESPADA DE POETA

Maria João Brito de Sousa

ESPADA DE POETA

(Soneto em verso eneassilábico)

Cá estou eu, decidida a vender
Muito cara a provável derrota,
Com poemas e rimas por frota,
Na batalha ao rigor do Poder!

*

Não sei bem se esta luta me quer,
Se enfeitada com elmo e com cota
Chego a ver a mudança da rota,
Ou consigo sequer combater,

*

Mas se luto é por grandes anseios
E se avanço enfrentando os receios,
Uma gota – não mais! – lhe acrescento

*

Porque o faço negando os recreios
De que os palcos de guerra estão cheios
E, por espada, uso o simples talento.

*

 



Maria João Brito de Sousa – 02.04.2013 – 18.52h

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