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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
29
Set11

RAZÕES PARA TODAS AS MÃOS DESTE MUNDO - Sonetilho imperfeito

Maria João Brito de Sousa

O mundo, sem ter razão,

Tem tanta que eu já pensei

Render-me à contradição

Deste mundo em que ela é lei.

 

Faltou-me a razão, porém,

A tão estranhas intenções

E às razões que o mundo tem

Só oponho estas razões;

 

Ao nascer de cada dia

Opõe-se o gesto contrário

Que quebra a monotonia

 

E passa o pão que se cria

Das mãos do Poeta-Operário

Pr´ás mãos que alguém lhe estendia

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 29.09.2011 - 11.30h

 

 

 

NA FOTOGRAFIA - Manuel Ribeiro de Pavia, 1956

28
Set11

PASSATEMPO "LEMBRANDO O ALENTEJO", no Facebook

Maria João Brito de Sousa

 

 

ALENTEJO

 

Alentejo das gentes castigadas,

Dos sobreiros reinando nas planuras

E das vozes dolentes, bem timbradas,

Que falam de alegrias, de amarguras…

 

Alentejo das searas espraiadas

Pl`o trigo inacabável das lonjuras,

Das casas pequeninas, bem caiadas,

Onde, à lareira, o povo queima agruras

 

Onde a gente se senta nos poiais

E esse tão-pouco dá-nos muito mais

Do que o melhor que o mundo possa dar;

 

Vontade unida em vozes tão plurais

Faz-nos saber que não será demais

O que homens e mulheres não vão calar

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 04.09.2011 – 15.37h

 

 

SONETO DISTINGUIDO, ENTRE OUTROS POEMAS, NO PASSATEMPO "LEMBRANDO O ALENTEJO"

 

PUBLICADO NO GRUPO "ALENTEJO - SUAS TERRAS - SEU PATRIMÓNIO", NO FACEBOOK

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

 

 

23
Set11

CHEGAR TARDE DEMAIS À ÍTACA DO COSTUME

Maria João Brito de Sousa

 

 

Por Ítaca me fui desencontrando

Da sagrada missão da Poesia.

Se acaso a encontrei, nem nela havia

Tradução pr`á linguagem do meu pranto.

 

Mal Ítaca abordei, vi-me encalhando

Numa praia inventada e já vazia

Que quanto mais negada, mais crescia

Enredando-me toda no seu manto.

 

Se algum farol em Ítaca se erguia,

Se, à porta, me pediram senha ou santo

Prá singular viagem que antevia,

 

Não o posso afirmar... e, no entanto,

Com Ítaca sonhava e redimia

Cada saudade à luz do desencanto.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 23.09.2011 - 17.40h

18
Set11

TEMPO, TEMPO, TEMPO... - Sonetilho

Maria João Brito de Sousa

 

 

Corre o Tempo! Até parece

Que não tem tempo a perder,

Que foge como quem esquece

Quanto não deve esquecer,

 

Mas dele, em nós, permanece

Essa vontade de qu`rer

Mudar tudo o que acontece

No que deva acontecer...

 

Quando o Tempo nos oferece

Tão justa razão de ser,

É bom que a gente se apresse

 

Pois todo o povo engrandece

Quando retira o Poder

A quem lho não reconhece

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 18.09.2011 - 15.25h

 

 

Imagem retirada da internet, via Google

 

 

15
Set11

SONETO PARA SAUDAR A MARÉ ALTA

Maria João Brito de Sousa

 

SONETO DA MARÉ ALTA

*

 

Por quanto tempo eu não escrevi, poema,

Teu nome, a negro, neste azul sem mar?

Por quanto tempo ousei, sem to explicar,

Deixar que repousasse a minha pena?

*

 

Mas nesta noite escura a lua acena

Ao poema que em mim quis habitar

E redescubro o vértice lunar

Da velha esfera branca, acesa e plena.

*

 

Há centelhas de luz sobre os meus dedos

Assim que afloro os íntimos segredos

Dessa alquimia muda e sem origem

*

 

Que não cuida das dúvidas e medos

Que o mar esconde entre abismos e rochedos

No instante imprevisível da vertigem.

*

 

 

Maria João Brito de Sousa – 15.09.2011 – 21.28h

 

 

 

 

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET, VIA GOOGLE

 

13
Set11

AMIZADE

Maria João Brito de Sousa

  

A amizade não morre facilmente!

Talvez não morra nunca e permaneça

Num canteiro qualquer escavado à pressa

Pelas mãos incansáveis da semente…

 

Talvez o vento passe e não lamente,

Talvez a terra inteira até a esqueça…

Mas, dela, sobrará uma promessa

Que a torna intemporal e transcendente

 

Se ela existiu, então não terá fim

Pois ficará latente no jardim

Onde alguém a plantou em tempos idos

 

E se alguém me disser: – Não é assim!

Responderei: - Não falo só por mim…

Falo por quantos nunca são esquecidos!

 


 

 

Maria João Brito de Sousa – 13.09.2011 – 16.00h

 

 

FOTO - Eu e a Nice na varanda da casa do Dafundo, 1954

11
Set11

A PAZ CONQUISTA-SE

Maria João Brito de Sousa

Se ontem foi “dia-sorriso”,

Seja hoje o “dia-luta”

E a qualquer filho da puta

Que me julgue sem juízo

 

Dir-lhe-ei que o que é preciso,

Quando faltam sopa e fruta,

É tomar rédea à labuta

Colmatando o prejuízo!

 

Ó gentes da minha terra

Que ergueis os cravos da guerra

Aos senhores do capital,

 

A paz vem-vos da conquista

E todo o que niso invista,

não cede a bem… nem a mal!

 

 

Maria João Brito de Sousa -11.09.2011 -16.52h

07
Set11

À LUZ DAS VELAS - sonetilho

Maria João Brito de Sousa

Amigo, este nosso medo

É pão servido nas mesas

Dessas humanas fraquezas

A que eu sei que já não cedo!

 

Não cobiço o teu segredo;

Desfraldei velas acesas

Na mira de outras riquezas

Que durem mais do que um credo…

 

(lá fora é noite cerrada

e aqui, de luz apagada,

só vejo o que eu quero ver,

 

se me esqueço de acender

esta vela, tão queimada,

que pouco ilumina… ou nada!)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 07.09.2011 – 18.54h

 

 

 

 

 

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