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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
31
Mai10

SENHORAS E SENHORES; OS ESPANTALHOS POÉTICOS!

Maria João Brito de Sousa

 

MARQUÊS DE POMBAL

 

 

 

Eu, Marquês de Pombal, Conde de Oeiras,

Senhor das belas terras que aqui vedes,

Construirei fortíssimas paredes

Que levarão a vila além fronteiras!

 

Jamais me perderei noutras canseiras,

Ninguém me enredará nas suas redes!

Farei de Oeiras vila aonde as sedes

Se poderão matar de mil maneiras!

 

Com monumentos tais e esta beleza,

 Criarei, nesta vila, tal grandeza

Que nenhuma cidade há-de igualar

 

Pois, nas flores que plantar no meu jardim,

Esta terra jamais verá seu fim

E será tão eterna quanto o mar!

 

 

 

Maria João Brito de Sousa

27
Mai10

ALTERAÇÃO DE ÚLTIMA HORA

Maria João Brito de Sousa

 

O evento de animação cultural ESPANTALHOS - DÊ-LHES VIDA! , da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia de Freguesia de Oeiras, sofreu uma alteração em relação à data prevista para a inauguração. Conforme divulgado no Poetaporkedeusker e no Contra-sensual, a inauguração seria no dia 29, Sábado mas, afinal, será durante a tarde do dia 30, no Jardim Municipal Almirante Gago Coutinho, perto da praia de Stº Amaro de Oeiras .

 

Um evento que promete muita animação e que faz descer à rua o soneto clássico! Conto convosco!

 

 

Imagem retirada da Internet

 

 

26
Mai10

HUMANA NATUREZA

Maria João Brito de Sousa

 

Tão perversa, esta humana natureza,

Quão sublime, também, já soube ser…

Quão alto se elevou – pura beleza! –

E desceu, a seguir, pr`a se perder…

 

E é neste encantamento de princesa

Que um dragão inventado ousou prender

Que se cumprem destinos de acha acesa

E cada humano vive até morrer…

 

Mistérios… nada mais pode explicar

Estas oscilações entre a harmonia

E essoutro horror, absurdo e dominante.

 

Mistérios que nos levam a criar,

Além do que é prudente, uma ousadia

Que gera mais terror que onda gigante…

 

 

Maria João Brito de Sousa – 25.05.2010

 

 

 

 

Amanhã, às 18h 30m.

24
Mai10

SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA FEIRA X

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

 

A PROCURA

 

Procuro, não te encontro e, se duvido

Dessa tua presença vertical,

É por ser tão humana e sem sentido

Não é por querer negar-te ou dizer mal…

 

Procuro mais ainda e, se divido

Esta minha incerteza ocasional

Com quem estiver por perto, quem comigo

Possa sentir que isto é disfuncional,

 

É porque esta procura se demora

Na esquina dos minutos que há na hora,

Ao longo duma estrada que não finda.

 

Procurando, caminho estrada fora

E enquanto caminho, como agora,

Descubro o que em procura se deslinda…

 

 

Maria João Brito de Sousa

 

 

A ONDA

 

Se uma onda, em chegando, te afogar,

Traiçoeira, em marés que não previste,

Vê bem se foste tu que assim pediste,

Se a onda, por si só, te quis molhar…

 

Se saltou sobre ti quando, ao passar,

No pontão, nem sequer te preveniste,

Ou se age por vontade e não resiste

A afogar quem se chega ao pé do mar…

 

Eu própria nunca o sei mas, se calhar,

As ondas também podem protestar

Ou decidir, até, sobre o que existe…

 

Se não, ó meu irmão, tiveste azar

E a onda, por acaso, ao rebentar,

Levou-te, inteiro, o corpo que vestiste…

 

Maria João Brito de Sousa

22.05.2010 – 18.35h

 

 

 

 DESPEDIDA

 

Ah! Se é por mim que ele se recusa a ir,

Se a morte o chama e ele não lhe obedece,

Como hei-de eu estar feliz, poder sorrir

Como quem, sem dar luta, aceita e esquece?

 

Como pedir-lhe para desistir?

Como inventar, pr`a ele, mentira ou prece,

Se ele mesmo lhe resiste ao não partir,

Se assim se escusa a quem tão mal conhece?

 

E nesta dor – tão lenta – , a despedida

Mais parece perversa do que mansa,

Dói mais do que o cutelo de um instante!

 

Mas, se hei-de abreviar-lhe esta partida,

Por que razão evoco, ainda, a esperança?

Qual delas – vida ou morte? - a mais distante?

 

Maria João Brito de Sousa

21
Mai10

ACTIVIDADES CULTURAIS EM OEIRAS

Maria João Brito de Sousa

 

ACTIVIDADES CULTURAIS EM OEIRAS

 

 No dia 27 do corrente mês – quinta-feira – pelas 18h, a Associação de Moradores de Nova Oeiras,

AMNO, inaugura, na Galeria Livraria Municipal Verney, uma exposição onde estarão patentes, entre muitas outras, duas telas de minha autoria;

“Os Guardadores de Luas” e “Anunciação do Cristo Amarelo a Paul Gauguin”.

As obras estarão expostas até às 18h do dia 30.

 

 

 

No dia 29, Sábado, pelas 15h, a COMISSÃO EDUCAÇÃO E CULTURA da Assembleia de Freguesia de Oeiras, inaugura, no Jardim Municipal de Oeiras, um projecto da autoria de Gabriela Bessa, da CDU que contará com a presença do Presidente da Junta de Freguesia, Dr. Carlos Morgado.

ESPANTALHOS. DÊ-LHES VIDA!; o projecto de animação cultural, eleito por maioria na Assembleia de Freguesia, contou com o apoio das voluntárias dos Centros Sociais Paroquiais de Stº António de Nova Oeiras, S. Julião da Barra e Bairro do Pombal que colaboraram no processo de elaboração das figuras.

Os Espantalhos “dialogarão” com os visitantes em decassílabo heróico, através de sonetos da minha autoria.

O SONETO CLÁSSICO DESCE ÀS RUAS E OS ESPANTALHOS TORNAM-SE POETAS!

Conto com a vossa presença!

 

20
Mai10

QUEM TEM MEDO DA DONA FÚRIA?

Maria João Brito de Sousa

A Fúria despertou! Ninguém a agarra

Pois chispa, estala, salta e faz fagulha,

Estrebucha, rosna, alastra e pede bulha

E só na própria bulha é que se amarra.

 

Tudo o que a Fúria encontra, em fúria estraga

E queima e deixa negro como a hulha

Mas, depois de passar numa algazarra,

Cabe bem no buraco de uma agulha

 

Quem tem medo da Fúria? Quem o tem?

Depois de detonar, toda se acalma,

Chega a pedir desculpa e, de pasmada,

 

Não sabe, nem sequer, que lhe convém

Mostrar tudo o que ainda traz na alma

E fica muda, queda, envergonhada.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa

 

18.05.2010 – 20.30h

 

 

 

 

 IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

 

 

 

 

 

 

 

 

19
Mai10

URBANISMO VIRTUAL ou "As coisas que me restam"

Maria João Brito de Sousa

 

Sobram, de mim, castelos virtuais

Feitos de antigos sons que me roubaram

E os altos torreões pedem-me mais

Relembrando esses tempos que passaram

 

Enquanto elevo a ponte, ao longe, o cais,

Chorando a solidão dos que ficaram,

Faz ouvir o soluço dos seus ais

Sobre as águas que sempre o abraçaram

 

À beira rio, ao longo de uma estrada,

Erguem-se, instavelmente, os edifícios

Com lojas que não vendem - mas emprestam… -

 

Pelas quais se prolonga, incontestada

A humana natureza dos ofícios…

E estas são as coisas que me restam.

 

Maria João Brito de Sousa

18.05.2010

18
Mai10

TEORIAS

Maria João Brito de Sousa

 

Já vos contei das almas pequeninas

Que há por detrás de cada ser vivente?

Já vos falei do que é mais transcendente

No vislumbrar das almas clandestinas?

 

A vós que acrescentais obras divinas

A tudo o que acontece e, de repente,

Esqueceis o que, no fundo, é mais urgente 

E o que é inseparável destas rimas,

 

Vou contar um segredo tão secreto

Que é bem possível que me não escuteis,

Que penseis que tudo isto é fantasia…

 

Mas faz parte do mundo, é bem concreto

E existe para além do que entendeis

Embora o apodeis de “teoria”…

 

 

 

Maria João Brito de Sousa

17
Mai10

SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA FEIRA IX (acho eu...)

Maria João Brito de Sousa

Disse-me o sol, um dia, indo dormir;

- Lembras-te, ó ser lunar, dessoutro tempo

Em que outros paraísos do sentir

Te davam melhor cor, maior alento?

 

Do tempo dos sentidos a florir,

Das vôo singular cortando o vento,

Das horas de  encantar, sempre a surgir

Das águas que te inundam lá por dentro?

 

Lembras-te, ou não te lembras? Se o recordas,

Se, acaso, essa memória te acompanha

E caso em ti persistam tais lembranças,

 

Vives delas ainda e, se concordas,

Repara bem que é tua – embora estranha... –

Essa imagem de ti com duas tranças.

 

 

DOUTA IGNORÂNCIA

 

 

Nunca sei se me sei. Eu pouco sei

Pr`além da lucidez do que em mim sinto,

Mas do que sei sentir, nunca desminto

As rotas de quem sou, no que vos dei.

 

Do muito que senti, pouco pensei

E, ainda desse pouco, quanto instinto,

Quanta intuição!  O que pressinto

Pode  vir – eu sei lá… – de quanto herdei.

 

Nesta minha doutíssima ignorância,

Sou igual aos demais que a pouco aspiram

Enquanto sou dif`rente de outros tantos

 

Que primam por mostrar uma arrogância

Baseada nos bens que conseguiram

E na extrema riqueza dos seus mantos…

 

 

 

MUDANÇAS

 

 

Sempre que alguém disser; sempre se fez,

Isto ou aquilo e tantas coisas mais,

Melhor fora lembrar outros que tais

Que, por nunca mudar, perdem a vez.

 

Um momento, um instante e, sem porquês,

O mundo já mudou! Mudou-se o cais,

Mudaram pedras, plantas, animais

E até se  vai mudando o Português…

 

A mudança, senhores, é tão constante

E, mais ainda, tão inevitável

Quão impotentes somos para a parar,

 

Por isso, quem agora é importante

Pode, amanhã, tornar-se um imprestável

Apenas por tentar nunca mudar.

  

 

Maria João Brito de Sousa

 

 

 -  Ao Poeta António Aleixo

14
Mai10

DEPOIS, SEMPRE DEPOIS...

Maria João Brito de Sousa

 

E depois do depois? Depois ainda

De os beijos nos morrerem no cansaço,

Depois do colapsar do corpo lasso

Nas fronteiras da esperança que não finda?

 

Depois que restará? Será bem-vinda

Essa maré vazia em que o sargaço

Apodreça na praia deste abraço

Que agora a maré-alta torna linda?

 

E valerá a pena ousar o beijo

Se depois só sobrar o afastamento,

Se nada nos ficar deste” nós dois”?

 

 Jamais confiarei, louco desejo!

Eu nada quero além do meu talento.

O resto… só depois, sempre depois!

 

Maria João Brito de Sousa

 

13
Mai10

LETRAS, TANTAS LETRAS...

Maria João Brito de Sousa

 

Pequenos riscos negros, sinuosos…

Mas não foi por acaso que os tracei,

Ou então… é “acaso” o  que eu serei

Enquanto os semear, assim, viçosos…

 

Por vezes gritam, rudes, alterosos,

Saltando do papel em que os lancei…

Outras vezes, porém, mal os pousei,

Já sussurram mil sons silenciosos…

 

Se não fazem sentido… que sentido

Faço eu, então, por cá, se de mim brotam,

Se destas mãos magoadas vão nascendo?

 

E, se acaso são meus, terei mentido?

Pequenos riscos – quase nem se notam… –

Aos quais tanto me entrego e assim me prendo…

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - Pormenor de "O Filho do Homem".

Pág. 1/2

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