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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
30
Set09

CONTA-ME..

Maria João Brito de Sousa

Conta-me lá dessas segundas-feiras

Que te chamavam pelas madrugadas,

Dessas manhãs das horas empolgadas

A correr pela sala, entre carteiras.

 

Fala das coisas mais aventureiras,

Diz-me das aventuras mais magoadas.

Conta-me lá das provas copiadas

Pelas colegas que eram mais matreiras…

 

Conta-me do comboio à beira-mar,

Das corridas, dos livros, das sebentas,

Dos jogos do recreio, das conversas…

 

Conta-me do que já nem sei lembrar

Porque as horas ficaram muito lentas

E - custa-me dizê-lo… - mais adversas…

 

 

 

Imagem retirada da internet

 

REPORTAGEM ADIADA - A reportagem sobre a ida a Cuba da pequena Ana Carolina, foi adiada para o próximo dia 6, a seguir ao tele jornal da RTP. Vejam-na no programa 30 Minutos.

29
Set09

AS MIL E UMA VIDAS

Maria João Brito de Sousa

 

 

Se eu tivesse mil vidas, quantas vidas,

Dessas tantas, seriam mesmo minhas?

Só mil seriam muito poucochinhas

Para tantas palavras escondidas!

 

Palavras que só são reconhecidas

Se alguém as encontrar pois, coitadinhas,

Se ninguém perceber que estão sozinhas,

Continuarão dispersas e perdidas.

 

Se eu tivesse mil vidas, cada uma

Dessas palavras soltas que me encontram

Haveria, por fim, de se encontrar.

 

Mas cada vida é única. Nenhuma

Das vidas que uma a uma me confrontam,

Me poderia achar sem eu deixar.

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 29.09.2009

 

Imagem retirada da internet

 

 

Hoje à noite, na RTP, a seguir ao telejornal, não deixem de ver e ouvir as novidades sobre a pequena Carolina Lucas e a sua -nossa- batalha por uma vida normal.

28
Set09

MARIA SEM CAMISA "N"

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Maria-sem-Camisa, a tal camisa

Pode fazer-te falta em vindo o frio…

Se, acaso, tu sentires um arrepio,

Pode ser só por causa desta brisa,

 

Ou pode ser que, sendo poetisa,

Tudo te sintas melhor durante o Estio,

Que a geada congele o velho rio

Da tal rima que assim te caracteriza…

 

Tu veste-te, Maria! Arrefeceu

E tu vais, com certeza, adoecer

Bem mais do que já estás! Ouve o que digo!

 

Andando por aí de peito-ao-léu

Arriscas-te, decerto, a nunca ter

Qualquer noção de estares em grande p´rigo!

 

J

 Imagem retirada da internet

 

NOTA - Lembram-se da pequena Ana Carolina Lucas? Amanhã, dia 29, a seguir ao telejornal da RTP, passará um breve documentário que nos falará dela e dos seus progressos na batalha contra a paralisia cerebral. Não percam!

 

25
Set09

A FLORESTA

Maria João Brito de Sousa

03.jpg

A FLORESTA 
*

 

Pintei numa floresta cogumelos

Sob árvores azuis, como Gauguin,

E adornei as neblinas da manhã

De violetas e de ocres muito belos
*

 

Fui colorindo o fundo de amarelos,

Conversei com Diana, abracei Pã,

Comi o verde polme da maçã

E entrancei ramos de hera nos cabelos...
*

 

Não houve nenhum sol, nenhuma lua

Que ousasse reclamar-me a sua posse,

Ou que reivindicasse o seu destino,
*

 

Porque ela, omnipresente, agreste e nua,

De aspecto inacabado e sabor doce,

Nasceu-me de um soneto em desatino.
*

 

Maria João Brito de Sousa

25.09.2009
*** 

 

Escrito para http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/

 

 

Imagem retirada da internet

 

24
Set09

O MOSQUITO NA MESA DO CAFÉ

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

A culpa não é dele! É toda minha!

Vem-me um medo irreal, que nem defino,

Quando vejo um mosquito pequenino

A pousar na cabeça da vizinha…

 

Eu grito, eu pulo como uma tontinha!

Eu entro num completo desatino!

Pode ser erro meu ou do destino

Mas é mesmo a verdade – verdadinha!

 

Pousa um simples mosquito na parede…

Eis-me numa aflição querendo fugir,

Qu`rendo guardar distância desse ponto…

 

Perdi, já, toda a fome e toda a sede,

Levanto-me num salto, estou “no ir”…

Foge o pobre mosquito em voo tonto...

 

 

:)

23
Set09

A APOLOGIA DA VITÓRIA

Maria João Brito de Sousa

 

 

Amigo, eu nem sei bem o que te devo,

Se te devo, sequer, seja o que for…

Sei que paguei em bagas de suor

Cada alheia palavra que aqui escrevo.

 

Não sei se é nas palavras que me elevo

Ou se nem delas eu posso dispor…

Deixei p`ra outra as asas de condor,

As charnecas em flor, o doce enlevo…

 

As minhas são de pomba ou de albatroz,

Urbanas ou marítimas, modestas…

Breves voos os seus, sem estro ou glória.

 

Trago, no sangue, heranças dos avós

E, ao rir-me nestas horas mais funestas,

Recrio a apologia da vitória…

 

 

 Vitória de Samotrácia - Imagem retirada da internet

 

 NOTÍCIAS - Proponho-vos uma visitinha ao http://trapezio.blogs.sapo.pt/95406.html

 

Nada como saber, em primeira mão, directamente do recém encerrado Bar da Nuvem, as últimas novidades sobre a "Gripá" ou sobre a "ASAI"...

22
Set09

A DANÇA!

Maria João Brito de Sousa

 

 

Eu tenho mil certezas pequeninas…

Mil dúvidas maiores me impedirão

De tomar esta estranha decisão

E dirigir-me a ti, que mo destinas.

 

Eu rodo e rodopio entre as meninas

Numa dança encantada, de salão,

E enfuno a minha saia de balão

No vento solitário de mil esquinas…

 

Prudente ou imprudente… eu já não sei

Se devo parar já, se rode mais…

E deixo-me levar… que Deus me ajude!

 

Perdi a conta às voltas que já dei,

Perdi o rumo aos Pontos Cardeais…

Que louca, louca dança, assim me ilude!

 

 

21
Set09

BOM DIA!

Maria João Brito de Sousa

 solnascente.jpg image by jans2crys

 

Bom dia para ti, que me vais ler!

Não sei que horas serão neste momento,

Se o Sol, lá fora, brilha, se faz vento,

Se o céu cumpre a promessa de chover,

 

Se a Lua se deitou, sempre a esconder

O seu lado invisível, se, ao momento,

Ousou tapar com nuvens que eu invento,

O brilho do que está pr`acontecer…

 

Desejo, para ti, boa leitura,

Um instante de paz, de reflexão,

Um sorriso, talvez… sabe-se lá!?

 

O instante de um sorriso, é quanto dura

Este rasto, esta estranha sensação

De, mesmo estando só, ter-te por cá…

 

 

Maria João Brito de  Sousa - 21.09.2009 - 10.45h

 

 

 

 

 

18
Set09

A BONECA QUE TINHA DUAS TRANÇAS E FAZIA CHICHI...

Maria João Brito de Sousa

Boneca de tranças.jpg

 

 

Ei-la que chora e ri... parece humana!

E veste um vestidinho de algodão...

Cuidado! Não vás tu deitar ao chão,

A bonequinha nova  da Joana…

 

O melhor é pousá-la ali, na cama,

Não vá vir, de repente, a tentação

E a boneca, ao passar de mão em mão,

Estragar-se, ou demanchar-se! Ouviste-me, Ana?

 

Ó Ana! Larga já essa boneca!

Já lhe partiste um braço?! Eu logo vi!

És mesmo a mais teimosa das crianças!

 

Puxa que puxa… agora está careca,

Perdeu as tranças e nem faz chichi,

Quando a graça lhe vinha era das tranças...

 

 

Maria João Brito de Sousa - 18.09.2009 - 12.16h

 

 

 

 

 

IMPORTANTE - Peço, mais uma vez desculpa à Fábrica de Histórias ( a toda ela! :) mas não me foi possível terminar, a tempo, o texto desta semana.

 

Até à próxima segunda feira  e um bom fim-de-semana para todos vós.

17
Set09

FAMÍLIA CÓSMICA

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Astros deste universo, em cada céu

Há outros intervalos por explorar

E um cometa sempre a divagar

Em busca do lugar onde nasceu.

 

Miríades de estrelas Deus nos deu,

Miríades de sóis por encontrar

Nesse espaço longínquo onde sonhar

Nos leva muito além de Prometeu.

 

Lá longe, muito longe, onde é possível

Imaginar o fim ao Infinito

Onde infinitamente continua

 

O corpo da matéria perecível,

Aonde até o sonho é interdito

A nós filhos do Sol, irmãos da Lua…

 

 Imagem retirada da internet

 

 

 

 

16
Set09

HÁ POMBAS NO CÉU

Maria João Brito de Sousa

 

Voam no céu, ebúrneas ou cinzentas,

As pombas do pombal do bairro inteiro…

Quero ver qual irá chegar primeiro

Depois daquelas longas voltas lentas.

Continuam voando e tu lamentas…

Dizes: - Não há paciência nem dinheiro

Que cheguem p`ra limpar tanto chiqueiro!

Depois tentas mudar-me. Tentas, tentas…

Recuso o bairro asséptico, sem vida,

Que tens para of`recer-me se, tão só,

Aceitasse essas regras que me impões…

Há pombas neste céu. Fico rendida

Olhando o bando alado e tenho dó

De ti, das tuas pobres decisões…

 

 

 

Maria João Brito de Sousa

 

 

Às pombas das Palmeiras


 

Imagem retirada da internet

15
Set09

MONÓLOGO DO GATO VADIO

Maria João Brito de Sousa

Depois desta incerteza, que tristezas

Virão ainda perturbar-me o sono

Nas noites de luar deste abandono

Das caçadas e de outras incertezas?

 

Não quero os ideais de outras grandezas!

Repudio a ideia de ter dono

E só Deus, lá no alto, é meu patrono!

A Ele devo estes céus de horas acesas…

 

A Ele devo esta força que comanda,

A cada movimento, o meu caminho

E o pêlo de cetim com que me aqueço!

 

Por Ele esta existência, esta demanda

E a glória de reinar, sempre sozinho,

No espaço onde procrio e me abasteço!

 

 Imagem retirada da internet

 

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