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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
30
Jun09

OVER REACTION...

Maria João Brito de Sousa

 

Quem mente aqui? Porquê a acusação?

Valha-te Deus, não sabes o que dizes!

Estou pobre mas feliz entre os felizes

E sabes muito bem que: - Mentir, não!

 

Porque hei-de demonstrar falsa ambição?

No palco, entre os actores e as actrizes,

Sou árvore a prender suas raízes

No final desta última sessão.

 

Fico, contudo, em paz. Desabafei!

De tudo o que já disse - e não retiro! -

Confesso ter, decerto, exagerado...

 

Privada de aceder, logo pequei...

Escrevi umas palavras como um tiro,

Deixei o palco todo alvoroçado...

 

Maria João Brito de Sousa - 30.06.2009

 

 

Imagem retirada da internet - vulcão em erupção

29
Jun09

Acesso condicionado

Maria João Brito de Sousa
Não sei porquê nem como. Não faço ideia de quem poderia ter feito isto... ou faço, mas posso estar erradíssima e, por isso, é como se não soubesse. A verdade é que me bloquearam o acesso aos meus blogs.
Primeiro foram as fotos e,agora, os blogs inteirinhos... pandemia sazonal ou "um caso isolado"? Não sei. Não faço a menor ideia...
Sei que a brincadeirinha se está a repetir e que eu já "cresci" o suficiente para não ficar em pânico. Este post vai ser publicado por uma amiga e, se acaso eu não voltar a ter acesso à publicação, podem ter a certeza de que continuarei a trabalhar. Pode ser em ficheiro, em papel, em tela, em madeira... pode ser no que eu muito bem entenda, mas vou continuar a trabalhar :) 
E não volto a pôr os Lellos em cima do 2008, nem fita cola na webcam... :))
Se houver uma forma de voltar a publicar, eu fá-lo-ei com a maior das certezas.
Até quando Deus quiser e um abraço de cometa:)

--
Maria João Brito de Sousa
 
29
Jun09

ESTE MEU MAR

Maria João Brito de Sousa

 

images (26).jpg

 

(Soneto em decassílabo heróico)

 

O mar de que vos falo é todo meu,

Nasceu dentro de mim em tempos idos

E foi-se acrescentando aos meus sentidos

Nesse excesso de mar que em mim cresceu

 

E me fez mar, nos sonhos concebidos

Por vontade de um sonho onde nasceu...

Se, acaso, esta ilação vos ofendeu

E, nisto, vos sentis desiludidos,

 

Pedi ao mesmo mar que vos falou

Da estranha descrição que, em vós, teceu

Que deixe de gritar-vos aos ouvidos

 

Das praias e rochedos que galgou

Nas marés em que a vida vos perdeu

Em paixões de tamanhos desmedidos...

 

 

Maria João Brito de Sousa – 29.06.2009

 

 

NOTA - Soneto (mal) reformulado a 05.06.2014

 

 

25
Jun09

(TRANS)FIGURAÇÃO LINEAR

Maria João Brito de Sousa

Na vertical de mim, um ponto incerto

A vacilar num vértice inseguro

Sobre a horizontal de um risco puro

Onde corre uma a lágrima, em directo.

 

Se, acaso, ali ficando, estabiliza,

Logo outra aspiração o faz tremer,

Como se fora inútil o seu querer

Quando uma construção se idealiza.

 

Aqui estou; vertical, mas oscilante.

Que estranha condição, a de aspirante

À perfeição de ser-se o que é sonhado…

 

Sou árvore num ponto equidistante

Entre a raiz de um sonho delirante

E um tronco humanamente acomodado.

 

 

Maria João Brito de Sousa - Junho 2009

 

24
Jun09

OS RAMOS DOS PINHEIROS

Maria João Brito de Sousa

Ele há lá ramos como os dos pinheiros!

Ascendem sinuosos, retorcidos,

Invencíveis, ainda que vencidos,

Distantes e, contudo, hospitaleiros.

 

Altos ou não, serão sempre altaneiros

E cada um faz sempre o seu sentido…

Independentes, sempre, embora unidos

Como peças de um puzzle des-inteiro…

 

São braços que se alongam, terminando

Em mil agulhas finas, rescendestes,

Que acenam lá do alto e me fascinam.

 

Subo até lá, onde eles vão acenando,

Neles me confundo em confissões urgentes

E tento aprender tudo o que me ensinam.

 

 

 

 

Querem "cuscar" um bocadinho? Passem no http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/, "cusquem" à vontade e levem o desafio connvosco, se assim o entenderem... está dedicado a todos vós! :)

22
Jun09

A CRIAÇÃO DO MAR - O Mar Na Minha Mão

Maria João Brito de Sousa

 

O MAR NA MINHA MÃO
*


Muitas vezes não sei o que dizer

Sobre um mar tão imenso, tão profundo,

Que reina sobre nós e sobre o mundo...

Eu, que não sou ninguém, que hei-de fazer?
*

Como posso pensar em descrever

Um mar a que não sei medir o fundo?

Imaginar que vós, a quem infundo

Tais dúvidas, houvesseis de o saber...
*

Explicar uma tão grande imensidão,

O azul intenso, as ondas quais capelas,

As marés e os mistérios que são seus,
*

É ter o próprio mar na minha mão

E voltar a singrá-lo em caravelas;

Não é crer-me poeta, é crer-me Deus...
*


Maria João Brito de Sousa - 22.06.2009

 

IMPORTANTE- Dêem um pulinho

ao http://linhaseletras.blogs.sapo.pt/104633.html !

Nasceu um novo livro escrito por uma poetisa alentejana, a nossa amiga IDALINA PATA!

18
Jun09

FELICIDADE

Maria João Brito de Sousa

 

Prognóstico de mim: - Serei feliz!

Mais coisa, menos coisa, tudo tenho

E embora sendo pobre - aqui convenho... -

Sou produto da minha geratriz.

 

Esta minha aparência não condiz

Com os padrões do mundo em que mantenho

Mil braços que me sobem pelo lenho

Mas que nunca se afastam da raiz.

 

Ele há tantos abalos! Terramotos,

Furacões que hão-de, um dia, derrubar-me!

Acreditem, só digo o que é verdade...

 

Assim foi desde os tempos mais remotos;

Nascer, crescer, morrer sem condenar-me,

Sem que comigo morra a felicidade!

 

 

Acabadinho de nascer para a http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/   :)

 

Imagem retirada da internet

 

 

17
Jun09

VÊ LÁ TU!

Maria João Brito de Sousa

Vê lá tu… é verdade o que me dizes

Quando falas de tempos bem melhores,

Quando evocas, saudoso, outros alvores

Em que éramos, decerto, mais felizes…

 

Mas vê melhor! O tempo tem matizes

Que sempre exibem renovadas cores

E, destes tempos maus, outros piores

Poderão só esperar que os concretizes…

 

Tenta, portanto, – menos pessimismo!

Afastar-te depressa desse abismo

Que teimas em escavar sempre a teus pés.

 

Aproveita este tempo que é tão teu!

O outro, o que passou, já se perdeu

E tu, até morrer, serás quem és…

 

Imagem retirada da internet

16
Jun09

TENTAÇÕES

Maria João Brito de Sousa

Quiseram-me domar. Eu não deixei.

Quiseram-me a palavra. Eu não vendi

Pois não foi esse o preço que eu pedi

Nem é esse o destino que eu lhe dei.

 

Quiseram-me calar. Eu não calei.

Não sei se me ganhei, se me perdi…

Só sei falar daquilo que vivi

E não do que mais tarde viverei.

 

Tentaram – se tentaram! – condenar-me,

Impor-me soluções, depois calar-me…

Tentaram mas depressa desistiram.

 

Amanhã ou depois hão-de aceitar-me,

Depois, quando não queiram mais tentar-me

E não possam dizer que o conseguiram…

 

 

 

 

15
Jun09

SOLTAR AS PALAVRAS

Maria João Brito de Sousa

 

Já emendei

 

PEDIDO DE DESCULPAS - Suponho que tenha havido um mistério qualquer - que pode muito bem ser fruto da minha proverbial distracção crónica - com o penúltimo verso da última estrofe deste soneto. Talvez o nosso batráquio tenha engolido algumas palavras  só para me contrariar... sei lá... já emendei. Melhor, já soltei as palavras que tinham sido "sequestradas"...

 

Soltemos as palavras sem  fronteiras

Com o fogo, o calor de uma paixão,

Com criatividade e correcção

Mas sempre genuínas, verdadeiras.

 

Palavras. Mil palavras prisioneiras

Esperando o mundo livre da ficção

Ou, tão-somente, a simples descrição

De um momento de fugas derradeiras.

 

Soltou-se uma palavra e mil se seguem

Imparáveis, libertas, contundentes,

Mas sempre susceptíveis de leitura…

 

Pessoais pois são elas que nos medem

Quando em nós se tornarem mais urgentes,

Mais ricas, mais fluidas e mais puras.

 

                                                                                                                         Imagem retirada da internet

 

 

12
Jun09

RECICLANDO...

Maria João Brito de Sousa

Sobravam-lhe, em segredo, mil segredos

Mil luas, sóis e estrelas de papel,

Aventuras mais doces do que o mel

E, para além do mais, sobravam medos...

 

Sobravam-lhe mil coisas nunca feitas

Tornando extemporânea essa partida

E sonhos! Sonhos mil, pedindo vida

Aonde o desespero emerge e espreita.

 

Sobrava-lhe, de si, alguma urgência

De começar ainda, uma vez mais,

Por pura teimosia ou extremo anseio

 

Alguém que não mais faz qualquer cedência

E que só quer sentir, de novo, o cais

Onde o medo que sente é só "receio"...

 

VictorFarat1.jpg image by poesia_portuguesa

 

ATENÇÃO - Vou estar ausente por mais dois dias (ai,ai...). Entretanto passem pelo http://free-stile.blogs.sapo.pt/  . Prometo que também entro na dança! Pode ser de baloiço, mas danço! 

BOM FIM-DE-SEMANA PARA TODOS! 

 

 

Pág. 1/2

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