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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
17
Fev09

SONO

Maria João Brito de Sousa

Eu sei-te a mergulhar nos meus sentidos

Como a noite ensonada a despontar,

Serenamente, em raios de luar,

A despontar-me em sonhos proíbidos;

 

Tu vens na liquidez das tardes nuas,

Vestindo uma aparência angelical,

Tomar conta de mim - que sou mortal... -

Na baça transparência de mil luas...

 

Nesse último amanhã de cada dia,

Vens insuflar de sonho esta harmonia

De quem vive há milénios sem ter dono,

 

Sereno, poderoso e prepotente,

Vens confundir futuro com presente

Num corpo já passado, ó estranho sono...

 

 

Maria João Brito de Sousa -17.02.2009 - 00.53h

 

 

"Sono" - Salvador Dali

 

Imagem retirada da internet

16
Fev09

OPÇÕES

Maria João Brito de Sousa

 

Sou pobre. Sou mais pobre do que os pobres,

Mas sou de "antes quebrar do que torcer".

Tenho esta absurda força de viver

E um coração com directivas nobres.

 

Sou das que fica ao lado de quem chora,

Por mais difícil que me seja a escolha.

Que nada nem ninguém jamais me tolha

Este orgulho irreal que nunca implora!

 

Trabalho - se trabalho! Noite e dia! -

Por aquilo que sei que poderia

Ser a minha missão,o dom que trago.

 

Sei bem que estou cansada, estou confusa,

Mas nunca irei parar est`alma lusa,

Nem privo os animais do meu afago!

 

 

 

23.46h  

 

 

 

 

15
Fev09

PEQUENAS UTOPIAS

Maria João Brito de Sousa

Eu quero-me da cor de novos sóis

Em órbitas que estão por inventar!

Eu quero-me da cor que vem depois,

Quando o novo futuro cá chegar!

 

Eu quero ir pelo tempo e pelo espaço,

Morar na nostalgia duma estrela

Como se este meu rumo (que não traço...)

Passasse a ser traçado só por ela!

 

Quero-me império astral, raio de luz,

 Vórtice aonde acaba e recomeça

Tudo o qu`inda existir depois de mim,

 

Tudo o que sendo eterno me seduz,

Que paira sobre mim como promessa

De existir muito além do próprio fim!

 

 Imagem retirada da internet

 Nota - soneto datado de 2007

 

 

14
Fev09

ESCOLHAS E... ESCOLHOS

Maria João Brito de Sousa

ESCOLHAS

 

 

Ah! Não fora tão forte esta certeza

De ter ainda tanto por fazer,

Das coisas por sonhar, por aprender,

Talvez tivesse tempo pr`à tristeza...

 

Talvez não me sentasse em cada mesa

Só pr´a poder criar, poder `screver

(é por isto que nunca irei saber

se seria feliz tendo riqueza...)

 

Desfeita nas palavras sou feliz

Vivendo do que tenho e sempre quis,

Sendo, no fundo, aquilo que Deus quer...

 

Palavras, esses bens que não se esgotam,

Que, passando por muitos que as não notam,

É sempre a mim que acabam por escolher...

 

 

... E ESCOLHOS

 

 

Este ser-como-sou que aqui descrevo,

O ser, exactamente e tal e qual,

Aquilo que vos mostro em virtual,

Este sobreviver de estranho enlevo,

 

Todo este não-sei-quê se pinto ou escrevo,

Eu, este absurdo bicho, este animal,

Que está comigo e que quer ser igual,

É tudo o que vos pago, o que vos devo.

 

Fico, ás vezes, perdida no sentido...

Será que alguma vez terei mentido?

Mas não penso demais... antes sentir!

 

(tantas vezes c`os olhos tão vendados,

por versos "nunca dantes navegados"

e escolhos que eu não soube prevenir...)

 

 

 

Imagem retirada da internet

 

 

13
Fev09

FOI ASSIM...

Maria João Brito de Sousa

Cansada das viagens de além-mim

Em busca de ideais que eu mesma impus,

No rasto dessa estrada que conduz

Ao princípio ideal de cada fim,

 

Que encontrei esta flor nesse jardim.

Onde, lá mais ao fundo, há uma luz.

É quando a alma inteira se seduz

Que sabemos dizer que é mesmo assim.

 

Se voa a alma em direcção ao nada,

Descobre  que tudo isto era uma estrada.

(depois... não sei dizer, porque acordei...)

 

A estrada onde ela foi arquitectada...

Retomo a minha busca inalcançada

E sei que foi assim que me encontrei.

 

 

imagem retirada da internet

 

12
Fev09

SEM PÉS NEM CABEÇA

Maria João Brito de Sousa

Na perspectiva histórica do ser,

Humano por nascença e por direito,

Desponta o lado místico e perfeito

Ao alcance das asas por nascer...

 

 

E sente e toca e quer compreender,

E sonda e quer saber se tem defeito…

Vem do fundo de si esse seu jeito

De não poder estar vivo sem saber…

 

 

Eis o Homem de Luz, esse “Ninguém”,

No invólucro padrão do que o contém,

Partindo à descoberta de quem é

 

 

Traz nas mãos o poder de ir mais além

E escolhe com a alma que o mantém

Nas asas, a crescer, da sua fé…

 

 

 Era a sua segunda noite de insónia desde os tempos dos céus de chumbo e risos de trovão. Sonhara enquanto acordada, depois… não se lembrava. Eram sonhos bidimensionais, como um ecrã. Entre mil e uma imagens de seres humanos em diferentes estádios do seu crescimento, vira, claramente visto, o título do seu último post: SONETO. Ficou com a ideia de que teria de se levantar para

corrigir o erro. Não fora esse o título que lhe dera. Impunha-se corrigi-lo, mas começava a mergulhar na névoa da semi-consciência que precede o sono.

 

Havia coisas. Muitas mais coisas. Um conjunto de salas grandes, espaçosas, de tons claros e neutros onde se sentavam mais pessoas. Homens, na sua maioria. Do outro lado ficava a sua sala, ligeiramente transfigurada por planos em diagonal e pelo excesso de figuras humanas que surgiam como peças expostas de uma montra. Curioso. Parou para os tentar visualizar mas surgiu, de novo, o ecrã. SONETO. Era evidentemente necessário mudar aquela palavra. Não fora essa a mensagem que quisera fazer passar. Não nesse dia… e, ainda, a brumazinha confortável do sono a chamá-la….

Todos sorriam. Homens e mulheres. Todos a olhavam com o ar amistoso de quem dá as boas-vindas. Só o erro no título parecia incomodá-la. Incomodava-a. Incomodou-a ao ponto de a fazer imaginar-se de pé, tentando a reedição do post. Não dava. Não deu. Talvez fosse tarde… as outras figuras haviam já feito a leitura e continuavam a sorrir amavelmente em perfeita sintonia.

Tudo era suave ali, naquela antecâmara do sono. Do sono. Não da morte. A morte nada tinha a ver com aquilo. Surgia, quase abrupta, num acentuadíssimo declive e era, inicialmente, muito dolorosa. Fluía, depois, para uma paz que desafiava toda e qualquer imaginação de rédeas soltas, mas era diferente. Fora assim que a experimentara e assim a guardou na memória. Pacificamente. Para mais tarde recordar. Agora urgia corrigir o erro. Não era uma urgência angustiante, de forma nenhuma. Era apenas uma premência do dever por cumprir. Tentava e não conseguia. Foi então que entendeu que cada uma das figuras interpretaria o título à sua maneira, segundo as suas idades, sexo, vivências e património cultural. Parou. Lembrou-se do pátio da sua escola. Teria de fazer mais. Muitos, muitos mais antes de partir.

Sorriu. Fazia todo o sentido sorrir àquilo que antes lhe parecera não ter pés nem cabeça.

 

 

J

 

 

 Sonhado para http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/

11
Fev09

UMA "POETISA ONLINE" SEM COMPUTADOR...

Maria João Brito de Sousa

Não. Não é de mim que vou falar, desta vez.

Embora me não sobre tempo para grandes viagens na blogosfera, faço os possíveis por ir visitando os amigos que conheci no início da minha aventura enquanto "blogonauta"... uma das primeiras pessoas que conheci, por ser uma das concorrentes ao II Prémio Poesia em Rede, foi a Rosa Silva, Azoriana. Lá estava ela com as suas rimas à sua amada Serreta e eu recordo-me muito bem de ter achado muita graça àquilo que pensei ser um pseudónimo pontual. Passados uns tempos, recebo um comentário da Azoriana e acabámos as duas a "poetar" uma para a outra... já lá vai um ano.

Aquilo que, desde o início, mais chamou a minha atenção no http://silvarosamaria.blogs.sapo.pt/  foi a capacidade de trabalho que esta mulher demonstrava. Ela era uma fonte inesgotável de rimas e chegava a fazer autênticas reportagens, em fotografia e verso, sobre as ilhas dos Açores. Ajudava, também, os novos "bloggers" com um blog que criou especificamente para o efeito.

Saía do blog da Azoriana sempre com a ideia de ter acabado de deixar para trás uma força da Natureza, que gostaria de poder igualar... divergíamos - e divergimos ainda - em certas formas de estar e pensar e, se uma pendia para os sonetos em decassílabo, a outra pendia para as famosas redondilhas. Nunca me esquecerei do dia em que recebi um email da Rosinha a perguntar-me o que eram as redondilhas... e eu, muito atrapalhada, a dizer-lhe que eram os versos de sete sílabas métricas em que ela era mestra...

Bons tempos. A última visita que fiz à Rosinha levou-me a escrever este post.

A minha amiga das "redondilhas inesgotáveis" estava cansada, exausta, à beira da desistência...

Os tempos não estão fáceis, eu sei, mas a Rosa Maria Silva, Azoreana, nem sequer tem um computador, neste momento e eu sei bem a falta que isso faz aos poetas que, tal como eu, não têm outra forma de divulgar o seu trabalho.

Eu sei que a Rosinha tem ainda muito para dar. Sei que ela não é mulher de desistir... mas há limites para tudo e o seu último post levou-me a pensar que ela poderia estar a atingir o seu. Por isso escrevo este apelo e o soneto que deixo, no final. Por isso espero que, de entre todos vós, alguém possa dar uma ajuda à Rosa Maria Silva. "Azoriana".

 

 

Sei das dificuldades que passei,

Sei das que ainda passo, dia a dia,

Sei de outras porque ouvi quem me dizia

E de outras sei apenas... porque sei.

 

Sei do livro ideal que escreverei

E sei das rimas que ela escreveria

(porque sei que jamais desistiria

de dar-vos tanto ou mais do que o que dei)...

 

De Rosa sei das rimas e dos versos,

Sei dos poemas, por aí, dispersos,

Sei do seu esforço e da dedicação...

 

Sei bem que os novos tempos são adversos

E que os olhos de Rosa estão imersos

Nesse mar que precede a frustração...

 

 

Convido-vos para a casa da minha amiga "Azoriana"

 

 http://silvarosamaria.blogs.sapo.pt/644413.html

 

 

 

09
Fev09

POETA PORQUE DEUS QUER (Lançamento online)

Maria João Brito de Sousa

Foi hoje lançado online o Poeta Porque Deus Quer em suporte de papel, com um prefácio de Eva (http://escritosdeeva.blogs.sapo.pt/)

 

As encomendas poderão ser feitas em   

http://autores-editora.blogs.sapo.pt/

 

À Eva, à Helena e a todos os meus amigos que, de alguma forma, contribuíram para que este sonho se concretizasse, o meu muito, muito obrigada!

 

E porque um lançamento online não invalida que se estenda a mão a alguém que necessita de uma palavra de conforto (muito pelo contrário!), aqui fica a tal "portinha aberta" para quem também precisa de nós

 

http://free-stile.blogs.sapo.pt/

 

09
Fev09

DESERTOS

Maria João Brito de Sousa

Tu falas-me das horas que eu perdi

E eu não sei se as perdi ou se as ganhei...

Penso que fui vivendo e que me dei

Aos caminhos que sempre percorri...

 

Tu falas-me das horas que eu vivi,

Eu falo-te das coisas que não sei.

E, mesmo não as vendo, caminhei,

E, mesmo não sabendo, pressenti...

 

Tu falas-me das glórias prometidas.

Eu falo-te das coisas preteridas

Por outras que ficavam bem mais perto,

 

Por coisas que pareciam dispensáveis,

Mas que sendo pequenas, vulneráveis,

Poderiam perder-se no deserto...

 

 

Agradeço a vossa presença no http://free-stile.blogs.sapo.pt/

 

Uma palavra de conforto será sempre bem-vinda.

 

 

 

08
Fev09

E AGORA?

Maria João Brito de Sousa

E agora? – Foi a primeira coisa que pensou quando abriu a conta da banda larga daquele mês e os olhos lhe pousaram na descrição do débito total.

Já estava na blogosfera havia mais de um ano e nunca uma simples conta de banda larga tomara aquelas proporções. Mais de cento e setenta euros!

Exactamente menos nove euros do que o que recebia mensalmente do subsídio de inserção social e que, pagas as contas de água, luz e gás, mal lhe davam para jantar durante uma semana. Pousou a carta sobre o tampo da secretária e foi aos seus afazeres. Outras coisas a preocupavam naquele momento e, embora tendo vendido uma tela havia poucos dias, não conseguira pagar nem metade das dívidas que acumulara ao longo dos últimos meses.

Lembrava-se do dia em que recebera o vale da última tela, de quão gratificada se sentira, da ilusão pontual de poder sobreviver com um mínimo de dignidade. Lembrava-se de ter corrido para a farmácia, para pagar uma parte da dívida, lembrava-se das outras contas que haviam acabado de chegar e que reclamavam pagamento, dos condomínios, da eterna dívida bancária, dos animais que a mãe lhe deixara em testamento verbal…

Não era uma mulher inteligente, embora respirasse criatividade por todos os poros. Não podia ser inteligente ou nunca teria imaginado que o seu trabalho, um tanto ou quanto à revelia do sistema, pudesse vir a ser premiado ou recompensado de outro modo que não fosse aquela alegria genuína de quem dá tudo o que pode e, por vezes, mais do que isso. Mas era assim que ela entendia as coisas e, durante uns dias, não voltou a pensar no assunto. Aquela estupidez natural de quem teima em deslumbrar-se com as pequeninas coisas, colara-se-lhe ao corpo e, tomando as rédeas do percurso, passara a ser a sua mais determinante característica. Tão determinante que ela jamais pensaria que não fosse, lá bem no fundo, a sua maior qualidade.

Agora, sentada frente ao PC, repetia a frase: - E agora?

Agora escreveria, claro! Se mais não podia fazer!

Escreveu, então, mas, desta vez, sabia que talvez fosse a última que o sistema lhe permitiria. Não. Não se voltaria para os sonetos, como era habitual. Não aceitaria mais do que o que dava! Passava horas e horas agarrada àquele computador, “poetando” a sua burrice congénita, ao ponto de considerar-se justificada pelo ar que consumia neste planeta e aquilo teria de acabar. Teria de acabar mesmo! A Fábrica de Histórias pedia um “E agora?” esta semana e esta era a oportunidade exacta para falar do seu.

 

E agora? – escreveu…

 

 

Maria João Brito de Sousa -  2009

 

Directamente do fundo da alma para

http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/

 

Imagem - Auto-Retrato em paint (sem rato...)

 

NOTA - Segue a amarelo pela vaga - ou não tão vaga assim... - simbologia que o amarelo tem para nós, humanos.

O meu amigo FREE STYLE precisa de apoio por uma causa que não é dele, mas na qual acredita e pela qual está a sofrer.

Deixo-vos uma "portinha" aberta para que possais, pelo menos, reflectir um pouco sobre o assunto ou deixar-lhe umas palavras de apoio:

 

http://free-stile.blogs.sapo.pt/   É aqui...

 

 

 

 

 

07
Fev09

DOIS SONETOS DO DIA II

Maria João Brito de Sousa

De tudo o que não sei, eu quero mais!

Eu quero a luz do sol, quero o luar!

De tudo o qu `inda está por explicar

Entre sábios e intelectuais

 

Eu quero `inda saber! Somos iguais

Nesta sede de tudo qu`rer tocar,

Neste eterno vaivém de procurar

Por vias que não são muito normais…

 

Eu quero saber mais, sabendo bem

Que a dúvida é a mola que contém

A fórmula perfeita do saber…

 

Mas quero saber mais, apesar disso!

Talvez seja um ser frágil, metediço,

Mas eu quero aprender até morrer!

 

À Eva

 

 

À ESPERA DO SOL...

 

Chamei o Sol e o Sol disse que não...

Não quis brilhar pr`a mim e fez-se caro.

Dizer-me, o Sol, que não, é muito raro

E foi, pr`a mim, uma desilusão...

 

 

Um dia eu tive o Sol na minha mão!

Bastava uma canção ao Sol avaro,

Uma simples chamada ou um reparo

E tinha, desse sol, toda a atenção...

 

 

Agora estou tão velha e tão cansada

Que chamo o Sol e o Sol não me diz nada

Ou finge nem me ouvir e vai-se embora...

 

 

Chegou, em vez do Sol, a trovoada...

Eu parei de cantar, fiquei calada,

À espera desse sol que se demora...

 

 

 

Imagem retirada da internet

 

06
Fev09

TRÊS SONETOS DO DIA II

Maria João Brito de Sousa

 

  FUTURO/FUTUROS...

 

 

Se o futuro se quer entre mentiras,

Oculto em clandestinos ideais,

Eu prefiro sonhar, como outros mais.

Futuro, este sonhar tu não me tiras!

 

 

E se, acaso, Futuro, me surgiras

Carrasco de quem sonha entre os demais,

Se até estes meus sonhos virtuais,

Tu quisesses calar e me puniras,

 

 

Eu calaria, então, a minha voz

Nas mãos certeiras de um futuro algoz

Que nega a liberdade de expressão,

 

 

Mas, antes de calar-me, eu deixaria

Alguém que a ti, depois, te julgaria

Num futuro qualquer, mais nobre e são!

 

 

 

É PARA AMANHÃ...

 

 

Eu hei-de ir amanhã! Amanhã vou

Ao médico, ao mercado, a cada espaço

Onde possa levar-me este cansaço

Que me não deixa ir onde não estou...

 

 

Eu hei-de ir amanhã! Não fui, nem sou,

Mulher de desdizer-se. Eu digo e faço!

Hoje é que já não dou nem mais um passo

E este amanhã de ontem já passou...

 

 

Este meu "amanhã" [sempre inseguro...],

Um dia há-de ser "hoje" e, de futuro,

Eu hei-de, certamente, ter descanso...

 

 

Mas "Amanhã" é sempre um "Outro Dia"

E os passos que a mim mesma prometia

São ilusões de um mundo onde me canso...

 

 

CHAMAR O SOL II

 

 

Amanhã chamo o Sol! Fiquei cansada

Deste céu cinza-escuro em temporais...

Caramba, estou cansada [isto é demais!]

De chuva, vento, frio e trovoada!

 

 

Talvez não vá sair... mas chamo o Sol!

Eu quero um céu azul que me sorria

E pedirei ao Sol que aqueça o dia

Como quem está no mar pede um farol...

 

 

Eu vou chamar o Sol. Quem vem comigo?

[Garanto que não correm qualquer p`rigo]

Cantando, acreditando, ele há-de vir!

 

 

Farei outra cantiga e cantarei...

[As coisas que eu já fiz e nem contei...]

É só acreditar, é só sorrir!

 

 

 

 

Imagem retirada da internet

 

 

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